Em assembleias, categoria do Litoral Paulista vota pela prorrogação do Acordo Coletivo

Campanha Reivindicatória

Durante as últimas duas semanas os petroleiros das bases abrangidas pelo Sindipetro-LP foram consultados durante atrasos nas entradas dos turnos nas unidades sobre a pauta dos sindicatos ligados à FNP, que pede a prorrogação do Acordo Coletivo, dentre outros pontos. Por unanimidade, a categoria do LP votou pela pauta da FNP, que foi ratificada no seminário de greve realizado no último final de semana.

Os trabalhadores entendem que a categoria será prejudicada se a empresa continuar querendo impor uma negociação que retira direitos, pois diante de uma pandemia o debate amplo com todos os envolvidos, trabalhadores da ativa, aposentados e pensionistas, não será possível, uma vez que se deve respeitar o distanciamento social e evitar ao máximo aglomerações, o que não é possível em uma assembleia. 

Parte significativa dos trabalhadores do administrativo e os que são dos grupos de risco também ficariam de fora do debate, pois estão em regime de teletrabalho, assim como os aposentados e pensionistas, pois muitos têm dificuldade em utilizar equipamentos eletrônicos. O Sindicato abriu consulta por meio do aplicativo do Sindipetro-LP, porém a plataforma é voltada somente para os associados, os demais trabalhadores que não fazem parte do sindicato ficaram de fora da decisão.

A Petrobrás pretende mudar cláusulas da AMS, que envolvem a Petros, que reduz valores de horas extras, que amplia banco de horas e uma série de direitos que se aprovadas facilitam a venda de ativos e torna a privatização ainda mais atrativa e certa. Estamos vendo refinarias, plataformas, prédios administrativos, gasodutos e vários outros ativos lucrativos e que geram milhares de empregos serem fechados, vendidos a preço de um ano de seu lucro. 

Como beneficiados por concurso público, que nos deu nossos empregos, somos responsáveis por manter essa oportunidade para todos os brasileiros. Cabe a nós, categoria petroleira, proteger e denunciar o que está sendo feito com a maior empresa brasileira e isso passa por defendermos um ACT digno, que mantenha nossos direitos e que só deve ser negociado no momento oportuno, quando a pandemia passar e quando poderemos envolver toda a sociedade também em defesa da Petrobrás.