Situação nas plataformas se agrava e Sindipetro-LP exige reunião com o RH da UN-BS e membros da EOR

mais problemas

Como diz o provérbio popular “não existe nada tão ruim, que não possa ficar pior” e a situação dos trabalhadores das plataformas é  prova disso. O Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista tem recebido inúmeras denúncias de que as unidades operacionais da UN-BS vêm retomando atividades não essenciais à segurança e continuidade operacional, aumentando assim o número de pessoas a bordo (POB) para próximo do quantitativo máximo suportado.  Em plena crise sanitária mundial os gestores da Petrobrás “nadam contra a maré” e ao invés de reduzir o efetivo, para combater a propagação da Covid-19, eles orientam as gerências que aumentem o POB.

Em contrapartida, na P-66, a unidade está funcionando com apenas um operador por área de produção por turno (óleo/água), quando o praticado costumeiramente são dois operadores. O agravante a segurança operacional e saúde ocupacional, é que esses petroleiros vêm executando jornadas de trabalho de 21 dias, agravando as condições de saturação física e mental comuns ao trabalho offshore.

A situação nas plataformas, no entanto, não para por aí. Os coordenadores dessas unidades foram orientados, pelos gestores da empresa, que as passagens de turno não devem ultrapassar de 10 minutos diários. Isso significa, na prática, um aumento considerável na possibilidade de acidentes devido à falta de informações na troca de turno, motivo comprovado de acidentes ampliados que são mundialmente conhecidos. Outro ponto bastante preocupante é a falta de medidas efetivas para controle de aglomeração no Aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, durante os últimos dias, agravado pelo cancelamento de voos em função das chuvas ocorridas na região.

Os dirigentes do Sindipetro-LP enviaram ofício para a empresa exigindo reunião como  RH da UN-BS e com os membros da Equipe Organizacional de Resposta (EOR) local para discutir a situação das unidades e as medidas tomadas pela Petrobrás no combate a pandemia. Além disso, também exigiram que o RH encaminhasse dados sobre os seguintes pontos: quantitativo do pessoal a bordo de cada unidade operacional; quantitativo estratificado por posto de trabalho do pessoal a bordo no atual momento e o planejamento da companhia em relação a retomada de atividades não essenciais nas unidades offshore e devida análise de risco.