Pleno do TRT nega suspensão de liminar conseguida pela FNP que impede plano de resiliência da Petrobrás

Vitória da categoria!

A Petrobrás viu seu plano de resiliência ser mais uma vez rejeitado pela Justiça. Dessa vez, a derrota para a trupe de Castello Branco veio por meio da decisão, por unanimidade, do pleno do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-Rio), que indeferiu o pedido de agravo feito pela Petrobrás. Desde que a FNP e seus sindicatos conquistaram liminar que impede a Petrobrás de aplicar as medidas de redução jornada e de remuneração, previstos no plano de resiliência, a empresa vem recorrendo de diversas formas (e perdendo todas!): tentou por mandado de segurança, que foi negado; fez pedido de suspensão liminar, diretamente com o presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que também indeferiu o pedido; e agora mais esse balde de água fria na gestão bolsonarista no comando da companhia.

A decisão do pleno do TRT mostra o que temos alertado nas mobilizações realizadas nas bases do Litoral Paulista nas últimas semanas, a gestão Castello Branco tem se aproveitado da pandemia para impor medidas arbitrárias e ilegais que há muito tempo os governos entreguistas vêm tentando passar por meio do ACT. Com discurso de austeridade ao mercado, que só atinge o bolso do trabalhador chão de fábrica, mas mantém os salários do alto escalão e cargos de confiança intactos, a empresa vem economizando muito dinheiro. Alegando resiliência à crise gerada pela pandemia do novo coronavírus, a qual tem deixado os trabalhadores à própria sorte, a Petrobrás já economizou mais de US$ 2 bi com as mudanças operacionais durante a pandemia.

Engana-se quem acredita que a economia irá reduzir a sanha por retirada de direitos. Castello Branco quer tornar permanente o teletrabalho, está reduzindo a presença da empresa no estado de São Paulo, com transferência de trabalhadores para o Rio de Janeiro e está atacando a AMS, passando a gestão do plano de saúde para uma empresa terceirizada.

A lista de ilegalidades é grande e por isso a categoria precisa estar preparada para o embate.

Em meio a tantos ataques, a decisão do TRT-RJ deve ser comemorada pelos petroleiros!
Organização, disciplina e comprometimento é preciso!
Estamos mobilizados e agindo de todas as formas possíveis em defesa da categoria!