Em semana de mobilização
Nesta sexta-feira (12) os protestos dos petroleiros do Litoral Paulista continuaram após uma semana intensa de mobilizações. O ato desta sexta envolveu os petroleiros diretos e terceirizados da Refinaria de Cubatão (RPBC). A mobilização, que ocorreu simultaneamente nas portarias 1 e 10, atrasou por mais de uma hora o início das atividades na unidade, que já registra três óbitos por Covid-19.
Nos atos dessa semana e principalmente no que foi realizado em frente da portaria 10, com os terceirizados, os trabalhadores se mobilizaram exigindo a garantia de testes rápidos (sorológico) da Covid-19 para toda força de trabalho. Além disso, o sindicato também exige que a companhia encaminhe para isolamento social todos aqueles que testarem positivo, cobrando ainda um novo teste para esses casos, mas pelo método swab (cotonete), cujo diagnóstico é mais preciso.
Na portaria 1, além de seguir discutindo as medidas de combate à pandemia no local de trabalho, o Sindicato discutiu os ataques recentes da direção da empresa à AMS, assim como a necessidade de lutar pela preservação dos direitos assegurados pelo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
As mobilizações nas bases do Sindipetro-LP começaram na terça-feira (9), no terminal Transpetro Alemoa, contra o leilão da área hoje ocupada pela subsidiária da Petrobrás.
Esse foi o terceiro ato seguido na refinaria, os dois primeiros foram realizados no dia 10, de manhã e à noite, com os petroleiros próprios Em meio a pandemia, os ataques aos direitos dos trabalhadores estão sendo intensificados: ameaça de fim da AMS, com a terceirização do benefício da categoria; punições por greve, como demissões e suspensão dos trabalhadores das plataformas; retirada da representação do sindicato aos 937 petroleiros das plataformas; e o mais urgente: um combate efetivo à pandemia no Sistema Petrobrás.
Desde o início da pandemia, mais de 70 petroleiros próprios e mais de 60 petroleiros terceirizados já testaram positivo para o vírus. Na última terça-feira (9), após a realização de teste no grupo 1 do regime de turno, dez trabalhadores testaram positivo para o novo coronavírus. Ainda assim, a empresa não promoveu o afastamento imediato desses trabalhadores.
Em todos os atos, os petroleiros lembraram os três operários da RPBC que faleceram em função da Covid-19 e, principalmente, pela irresponsabilidade da gerência da refinaria. Após cada paralisação os trabalhadores encerram com um minuto de silêncio e homenagem aos petroleiros Jorge Roberto Claudio de Jesus, José Carlos Nunes e Antônio Carcavalli.
Os gestores, seguindo o negacionismo bolsonarista, se recusam a adotar as medidas de prevenção exigidas pelos trabalhadores, pela CIPA e Sindicato.
Jorge Roberto Claudio de Jesus, presente!
José Carlos Nunes, presente!
Antônio Carcavalli, presente!
Hoje e sempre!
Ato na Alemo dia 9
Ato na RPBC dia 10