Por ampla maioria, petroleiros do Litoral Paulista aprovam greve e mobilizações

Por emprego e direitos

Confirmando o DNA de luta da categoria petroleira do Litoral Paulista, as assembleias do Sindipetro-LP aprovaram o indicativo de greve e mobilizações. Foram 204 votos a favor, 36 contra e 32 abstenções em votações realizadas, nesta segunda-feira (3), na sede e subsede do sindicato e na entrada dos grupos de turno, das 15 horas. Nas plataformas e turno de 12 horas da UTGCA, em Caraguatatuba, também houve votação.
 
A aprovação do indicativo, por ampla maioria, reforça o quadro nacional da greve petroleira, que entra em seu quarto dia, nesta terça-feira (4), em diversas bases do país. Trata-se de uma mobilização contra uma série de ataques sofridos pela categoria desde que Roberto Castello Branco, nomeado por Bolsonaro, passou a presidir a empresa. Além de aprofundar a venda de ativos estratégicos às multinacionais, tentando colocar em prática o seu antigo sonho de privatizar a Petrobrás, Castello Branco vem entregando o pré-sal e descumprindo frontalmente o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Duas das principais medidas que empurraram a categoria à greve é a tentativa da alta cúpula da empresa em impor, sem negociação efetiva, uma nova tabela de turno e o fechamento da Fafen-PR com a demissão de mais de mil petroleiros diretos e terceirizados.

A lista de arbitrariedades é extensa. Não por acaso, uma frase que está na boca da categoria e que se repetiu na assembleia é de que “motivos pra ir à greve não nos faltam”. Tanto é assim que, desde as primeiras horas do último sábado, o Litoral Paulista já vêm se mobilizando contra as práticas ilegais da companhia. No domingo, o Sindipetro-LP cortou a rendição do turno da RPBC/UTE Euzébio Rocha em resposta ao assédio e ilegalidade cometidos pela chefia. Sem qualquer respaldo, a gerência passou a exigir dos petroleiros de regime de turno, que haviam dobrado, a extensão da jornada em mais três horas e meia.

Giro nas bases rumo à greve!
O Sindicato intensificará as mobilizações em todas as unidades da companhia em sua base, dialogando com a categoria sobre a deflagração da greve e traçando as melhores estratégias para garantir uma mobilização forte. Neste momento, é fundamental que prevaleça em cada local de trabalho o sentimento de unidade e de disposição de luta. Importante também, diante do enfrentamento a um governo autoritário e entreguista, nos fortalecer coletivamente e buscar o apoio de nossas famílias e amigos. Afinal, a luta contra o desmonte da Petrobrás é uma luta não apenas em defesa de nossos direitos e empregos, mas também uma luta em defesa de nossas famílias e de um país mais justo.

Defender a Petrobrás é defender o Brasil!
A Petrobrás tem que ser do povo!