Petroleiros repudiam proposta da Petrobrás, denunciam desmonte e preparam mobilização

1% de reajuste

Os representantes dos petroleiros formalizaram à empresa a reprovação da categoria, em assembleias por todo o país, à proposta de renovação do acordo coletivo. Eles afirmam que as negociações ocorrem “em meio ao maior desmonte da história” da Petrobras, que inclui ameaças de demissão, retirada de direitos, ataque à organização sindical e um índice econômico “que não cobre sequer a metade da inflação do período”. Na última sexta-feira (26), dirigentes das duas federações dos petroleiros (FUP e FNP) voltaram a se reunir com executivos da estatal. A data-base é 1º de setembro.

A proposta inicial, que previa 1% de reajuste, foi rejeitada por unanimidade, segundo as federações. Sindicatos filiados às duas entidades fizeram assembleias em todas as bases nas últimas semanas.

Na reunião de sexta-feira FUP e FNP “tornaram a cobrar a manutenção dos direitos da categoria e reafirmaram que não irão tolerar demissões à revelia do Acordo Coletivo, como as gerências vêm ameaçando”. De acordo com os sindicalistas, no encontro os gestores admitiram que trabalhadores com gerenciamento de desempenho (GD) abaixo de 70% podem ser demitidos. Além disso, a empresa estuda contratar consultoria para “trazer suporte na realocação de profissionais, para quem não permanecer na companhia”. Os dirigentes das federações afirmam que a direção da Petrobras “terceirizou para o mercado o RH da empresa”.

Sindicalistas estão realizando atividades nos locais de trabalho. E falam em organizar uma greve caso as negociações não avancem.

Fonte: Rede Brasil Atual