Calote na RPBC continua e Sindipetro-LP cobra da Petrobrás solução imediata

Mais de 600 demissões

Segue o impasse em relação ao drama de centenas de operários da Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão. Quase 300 terceirizados da RPBC foram demitidos após 20 dias de jornada em um contrato temporário, assumido pela empresa Masterlogic. Outros 400 nem chegaram a começar o trabalho, que deveria se estender por quase dois meses.

E até agora nenhum trabalhador recebeu os seus direitos. Há dias a empresa vem prometendo pagar salários e benefícios, mas palavras o vento leva e o salário no bolso do trabalhador até agora não caiu. Uma mentira atrás da outra.

E o que a direção da Petrobrás tem feito até agora? Nada. E ela tem inteira responsabilidade sobre esta situação, pois a criminosa política de redução de custos para torna-la atrativa ao mercado tem feito com que o único critério para contratar uma empresa seja o menor valor. Depois, a conta fica cara... e quem paga é o trabalhador.

Este é o resultado do alinhamento da Petrobrás às "melhores práticas da iniciativa". Este é o saldo da busca por se tornar "competitiva". Zero responsabilidade social e total descaso com a situação dos trabalhadores terceirizados das empresas que ela contrata.

Cobramos não apenas o imediato pagamento, mas a absorção dos trabalhadores deixados à própria sorte pela empresa que assumirá o serviço. É o que cobramos dos representantes da empresa, no Rio de Janeiro, em negociação na tarde desta terça-feira.

Confira a fala do diretor do Sindipetro-LP, Fábio Mello.