Ato no porto marca resistência contra demissões de 800 trabalhadores com o fim da atividade da Libra Terminais

Petroleiros solidários

A diretoria do Sindipetro-LP participou nesta segunda-feira (1) de ato contra as demissões anunciadas com o fechamento das atividades do Grupo Libra no Porto de Santos. O ato foi realizado pelo Sindicato dos Empregados Terrestres em Transportes Aquaviários e Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Settaport).

De acordo com o sindicato da categoria, cerca de 800 trabalhadores diretos deverão ficar desempregados.  A empresa, que opera há 24 anos no Porto de Santos, teria ainda um ano para finalizar seu contrato de operação de contêineres, mas anunciou o fim das atividades, o que irá provocar grande impacto social na Baixada Santista.

Para o Settaport, a Companhia Docas de São Paulo (Codesp) deve entrar logo com licitação para que outro operador portuário entre no lugar da Libra e absorva a mão de obra que será demitida.

No começo do ano o Grupo Libra foi condenado a pagar mais de R$ 2 bilhões ao Porto de Santos, referente ao arrendamento dos terminais de contêineres 35 e 37, na margem direita do Porto de Santos, no litoral de São Paulo.  Empresa entrou com pedido de Recuperação Judicial.

Segundo a Libra, em comunicado à imprensa, a medida é resultado da insegurança jurídica causada pela decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), de novembro de 2018, que cancelou a prorrogação do contrato de concessão dos terminais da Libra em Santos de 2035 para maio de 2020.

Os petroleiros do Litoral Paulista se solidarizam com o drama vivido pelos trabalhadores do porto e estarão juntos contra mais esse ataque aos trabalhadores da Baixada Santista.