Sindipetro-LP recebe palestra sobre novo Benefício Farmácia

Conversa com o DAP

O Departamento de Aposentados e Pensionistas (DAP), promoveu na segunda-feira (23), mais uma conversa com os associados sobre ações de níveis, AMS, e sobre o equacionamento do Plano Petros. O coordenador do Sindipetro-LP e secretário geral da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), Adaedson Costa, esteve à frente do debate. A atividade do DAP também contou com uma palestra sobre o novo Benefício Farmácia, apresentada por Nicia Lerussi, do setor de Relacionamento da AMS em São Paulo e sul.

As mudanças no Benefício Farmácia não tem agradado os petroleiros. Com a redução da lista de medicamentos e redes credenciadas, o novo modelo está sendo destinado, principalmente, para as pessoas em tratamento de doenças crônicas priorizadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da Saúde, doenças psiquiátricas e doenças neurológicas selecionadas tecnicamente, com aplicação da coparticipação.

A transição para o novo modelo do BF aconteceu após reuniões com as federações de petroleiros. Em abril, a como resultado das diversas reuniões da Subcomissão do Benefício Farmácia e depois de muita pressão da FNP, a empresa cedeu e fez alguns ajustes no novo modelo de Benefício Farmácia.

Em mesa de reunião com o RH, a empresa se comprometeu a fazer ampliação de cobertura com a inclusão das seguintes doenças neurológicas crônicas: Alzheimer; Parkinson; Epilepsia; Esclerose Múltipla; Síndrome dos Corpúsculos de Levy; Doenças de Neurônio Motor (Ela); Atrofia Muscular Espinhal; AVC e aquelas com interface com doenças psiquiátricas.

Após muitas críticas e sugestões, o novo BF passou a funcionar em 1° de junho e ainda passa por adaptações. É importante que os usuários encaminhem para os sindicatos e à AMS todas as críticas sobre problemas que forem ocorrendo durante esse período de transição, para que o plano funcione da melhor maneira possível.

Uma das mudanças do BF é o fim da contribuição mensal fixa, que era descontado diretamente do contracheque dos beneficiários.

Agora o beneficiário só paga se necessitar de medicamento, através de coparticipação (parte custeado pela companhia e parte pelo beneficiário). Há medicamentos cobertos integralmente pela companhia.

De acordo com as regras novas, quanto maior a faixa salarial do beneficiário, maior sua participação. Quanto maior o custo do medicamento, menor a participação dos beneficiários.

Como exemplo, medicamento com custo unitário de R$ 1.000,01 a R$ 5.000,00 terá coparticipação de 2% a 19%.

Medicamento para tratamento de doença crônica não Transmissível, psiquiátrica e neurológica especificada; e Medicamento com custo unitário de R$ 300,01 a R$ 1.000,00, a coparticipação será entre 7% a 50%.

Medicamento com custo unitário de R$ 150,00 a R$ 300,00 (exceto medicamento para tratamento de doença crônica não transmissível, psiquiátrica e neurológica especificada) terá coparticipação de 10% a 65%.

Todos os demais medicamentos com preço unitário acima de R$ 150,00 são sujeitos a coparticipação e podem ser reembolsados. Os medicamentos com valor unitário menor que R$ 150,00 podem ser adquiridos com desconto das farmácias conveniadas.

Reembolso
Os pedidos de reembolso com data do cupom fiscal até 31 de maio deverão ser registrados no formulário de reembolso do Botão Compartilhado até 31 de julho, conforme modelo vigente até 31 de maio. Os pedidos de reembolso de medicamentos adquiridos a partir de 1º de junho deverão ser feitos pela internet, a partir de julho.

O material completo da apresentação do Benefício Farmácia pode ser visto clicando aqui. Para ver o passo a passo, clique a aqui.

Assista a apresentação sobre o Benefício Farmácia na Integra:


Conversa da diretoria com os aposentados e pensionistas sobre a Petros
Desde que a Petros anunciou e aplicou a cobrança do equacionamento parte dos participantes do PPSP estão sendo cobrados de uma forma absurda pelos erros que a Petrobrás tem cometido esses anos todos na gestão da Petros. “Graças a ações judiciais 38% dos participantes tiveram a cobrança vetada. Os petroleiros do Litoral Paulista, Salvador, Rio Grande do Norte, Unificado e Rio Grande do Sul conseguiram através da justiça a suspensão do valor descontado em seus contracheques”, afirmou o coordenador.

Isso ainda não é suficiente. A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) está junto com a FENASPE, GDPAPE, advogados, conselheiros eleitos da Petros, petroleiros, representantes da AEPET, encaminhando iniciativas políticas, jurídicas e institucionais para evitar a cisão, barrar o equacionamento e cobrar das patrocinadoras as dívidas que considera existir junto ao PPSP e que poderiam, caso sejam honradas, resolver o problema do plano. O grupo se reúne duas vezes por mês, no Rio de Janeiro.

Para a FNP e demais entidades que defendem o recálculo do equacionamento, a cobrança extra dos petroleiros é um erro, já que a Petrobrás, patrocinadora do plano, tem uma dívida com a Petros, referente ao déficit causado pelo não pagamento de Acordo de Obrigações Recíprocas (AOR). Atualmente o déficit já supera mais de R$ 30 bilhões, e os trabalhadores são obrigados a contribuir com metade desse valor em 18 anos. A taxa do equacionamento tem aumentado em até 300% a contribuição dos assistidos da Petros, provocando um desequilíbrio enorme na vida dos petroleiros da ativa, aposentados e pensionistas. Os problemas não são apenas de ordem financeira, mas de cunho emocional, pois em plena crise econômica do país, com alta do desemprego e falta de perspectivas de melhora em curto prazo, muitos assistidos tem sustentado suas famílias, além de custearem as próprias despesas.

Durante a reunião com os assistidos do DAP, Adaedson aproveitou para convidá-los para uma plenária nacional sobre o futuro da Petros, no Rio de Janeiro.

Sob o tema “Uma saída para o PPSP-1 da Petros”, o evento está previsto para acontecer no próximo dia 7, a partir das 13h, na Associação Brasileira de imprensa (ABI), no Rio de Janeiro, com o objetivo de debater soluções para o atual cenário.

Para participar da plenária nacional é preciso fazer inscrição até o dia 31 de julho, pelo telefone (13) 3202 1100,  com a funcionária Luciana. O Sindipetro-LP irá disponibilizar transporte até o local.

A FNP tem trabalhado, juntamente com a Federação dos Marítimos, Petros e Petrobrás, no Grupo de Trabalho (GT) instituído pela Petrobrás para debater alternativas ao PED do PPSP. “Estamos vivendo um momento muito delicado no plano”, finaliza.