Contratada e gerência de segurança da Petrobrás assediam trabalhadores, que em resposta anunciam greve!

Terceirizadas em luta!

A greve dos petroleiros, suspensa pelo assédio da Justiça do Trabalho, do governo golpista e de Pedro Parente, por afetar diretamente os interesses das grandes petrolíferas internacionais, que estão ganhando bilhões com a política de preços da Petrobrás, foi vitoriosa em muitas frentes.

No Litoral Paulista, os trabalhadores da EVIK, que prestam serviço de segurança na refinaria e que têm sofrido com redução de salários e benefícios e forte assédio por parte de gestores da ISC (Inteligência de Segurança Corporativa), participaram da mobilização do dia 30, paralisando as atividades durante três horas. A categoria está se mobilizando agora para uma greve de 48 horas, contra a política de rebaixamento de salários e assédio vindo de todos os lados, principalmente da Segurança Corporativa da RPBC, que já avisamos, tem uma das piores administrações do Sistema Petrobrás.

Denúncias estão sendo enviadas diariamente, por dezenas de trabalhadores da empresa de segurança contratada, de que desde a semana passada (21), um preposto da empresa de vigilância, conhecido por ser protegido há anos pela Gerência de Segurança da RPBC, começou a ir de posto em posto na refinaria e UO-BS para assediar os trabalhadores terceirizados da vigilância, obrigando-os a assinar um documento que autoriza a empresa contratada a reduzir impressionantes 28% do salário dos vigilantes. Em casos de recusa, os trabalhadores estão sendo ameaçados de demissão.

O novo contrato impõe a extinção da função de Supervisor de Segurança e a demissão destes profissionais nesta função.  A ISC se perdeu nas próprias metodologias. Não é mais qualidade, segurança e técnica, é feira-livre. Quem oferecer mais retirada de direitos e salários, leva tudo, até a credibilidade da própria estrutura. Com piso salarial de apenas R$ 1.486,90, a Gerência de Segurança da ISC na Baixada Santista, traindo a sua própria força de trabalho, escondeu até o último minuto possível a notícia que desestrutura e desestabiliza mais de 300 pessoas incluindo os trabalhadores e seus dependentes diretos.

Além da retirada de esmagadores 28% de adicionais sobre o baixo salário base do vigilante, está a extinção da função de supervisores de segurança, a troca de convênio médico por outro com menos coberturas, o sucateamento do transporte dos vigilantes, e a perda de postos de trabalho incluindo o Centro de Controle da Segurança (CISP), o CFTV da UTE e recepção.  

Diminuir salários de quem já ganha pouco, e extinguir funções, faz parte da meta de quem?

O pacote de maldades da ISC, em aliança com a empresa contratada, vai mais além de ameaças de demissão e redução de salários.  O novo contrato impõe mais uma nova terceirização da CISP, com outra empresa, que promete afundar de vez o conceito de setor estratégico para Companhia e segurança da informação.

Relação de 11 anos entre UO-BS e empresa de vigilância da RPBC deixa Gerência da ISC à mercê de Contratada
Há tempos sinalizamos que a direção da empresa de vigilância contratada é quem dita as regras na RPBC e UO-BS, mas nunca foi tão evidente a reverência da Petrobrás (ISC), como hoje. Uma estranha complacência, num momento em que o Brasil inteiro luta por direitos e dias melhores.

Ao invés de reduzir 28% do salário de quem já recebe tão mal, e ao invés de extinguir a função de Supervisor de Segurança, por que a direção da Petrobrás não propõe descontar os mesmos 28% do salário de cada Coordenador e Gerente de Segurança da ISC para doar a um fundo de capacitação profissional para formar melhores gestores para regional?

O rebaixamento de salários é uma vergonha sem tamanho quando comparado com os privilegiados salários de coordenadores e gerentes de segurança na Petrobrás.  Será que estes gestores da ISC conseguem passar o mês sustentando sua família com o mesmo salário reduzido do vigilante?  Ou gastam esse mesmo valor só no café da manhã durante a semana?

Não é estranho uma empresa de vigilância, com contratos milionários com a Petrobrás há 11 anos, conseguir vencer uma licitação sem manter os mesmos salários praticados e sequer sustentar as pequenas despesas de seu escritório externo, fechando-o e se alocando dentro da refinaria?

Gerência de Segurança da Petrobrás- RPBC perde credibilidade com trabalhadores
Bacharel em maldades e assédios, pós-graduada em falta de transparência e comunicação, mestrada em causar distúrbios na ambiência interna e doutorada em desmobilização de postos de trabalho.

A Gerência da ISC na RPBC resolveu continuar a especialização para PhD em redução salarial da força de trabalho, que até merece o troféu “Michel Temer do entreguismo”. Até quando a Gerência Geral da ISC vai conseguir manter gestores interessados em prejudicar os trabalhadores e suas famílias? 

Na RPBC, tudo indica ser uma das piores administrações de Segurança Corporativa do Sistema Petrobrás. A quem será que interessa essa relação tão próxima com o empresariado da segurança contratada, a ponto de permitir reduzir salários de quem já ganha pouco mais de um salário mínimo, e ainda extinguir funções, reduzir postos de serviço e assediar acintosamente trabalhadores para assinar um documento que os fazem abrir mão de um salário digno?

Senhor Gerente Geral da ISC, sua política de escolher e manter péssimos gestores para administrar uma Segurança Corporativa já está passando dos limites!  Basta!  Já não terceirizou o centro de controle da Segurança Interna da RPBC e da UO-BS (Cisp)?  Já não diminuiu o efetivo da Segurança Orgânica com assédios e transferências compulsórias, ao ponto que até hoje, na Alemoa, os turnos absurdamente rodam sem ISIs em todos os horários? 

Já não reduziu quase 50% dos postos de trabalho da vigilância terceirizada na RPBC e UO-BS, com prejuízo a segurança das instalações e dos trabalhadores? 

O Código de Ética do Sistema Petrobrás, que determina não haver assédios na Companhia e que os trabalhadores serão valorizados em sua dignidade, nas relações justas de trabalho, em uma ambiência saudável, com confiança mútua estão sendo violadas novamente pelos próprios gestores da Segurança Corporativa.  É essa a sua política de gestão eficiente e eficaz para agradar Pedro Parente?

Aliás, Pedro Parente já caiu! Quem será o próximo?

A mobilização dos terceirizados da manutenção da RPBC, em união com os sindicatos dos petroleiros, metalúrgicos, da Construção Civil e Comissão de Desempregados conseguiu barrar o rebaixamento de salários praticados nos novos contratos na refinaria. Com mobilizações periódicas, atrasos e greves a vitória dos trabalhadore foi possível, indicando o caminho que o pessoal da segurança deve fazer.

A Categoria Petroleira não aceitará assédios, rebaixamento de salários, abusos e demissões arbitrárias. O Sindipeto LP irá à luta.  Petroleiros terceirizados, juntos somos mais fortes!