Pedro Parente tenta desmobilizar a greve dos petroleiros, que já começou em todo o país

Conversa para boi dormir

Na última segunda-feira (28), a diretoria da Petrobrás enviou uma carta à força de trabalho da companhia na qual pede uma reflexão sobre a greve programada pelos petroleiros e defende que a paralisação prevista para esta semana não seria positiva nem para a empresa e nem para o país.

O que a direção da estatal esqueceu de dizer é que Temer e Pedro Parente estão ávidos para expandir o acesso do capital externo ao petróleo brasileiro. Portanto, uma grande greve nacional neste momento seria mal vista pelos governos ocidentais que estão de olho na exploração das nossas riquezas naturais.

"Como a Petrobrás e a sua força de trabalho podem melhor ajudar o Brasil neste momento? Não acreditamos que seja com paralisações e com pressões para redução de nossos preços", afirmou a diretoria, segundo documento visto pela Reuters.

Na verdade, a única coisa que fica clara, diante desta declaração, é o esmagador esforço coletivo de Temer e Parente, com suas interligações corporativas e seus valores políticos unificados, para suscitar questões perturbadoras quanto ao papel do indivíduo na democracia.

Assim, desvia o público das questões políticas e ainda gera uma apatia política útil para a preservação do status quo: uma agenda governamental que favorece a entrega da Petrobrás aos “abutres” internacionais, por meio de vendas de ativos fraudados, sem licitação.

Por isso, petroleiros e leitores, não se deixem enganar com o discurso de Parente, ansioso por desacreditar na força da GREVE NACIONAL. Não podemos ser ingênuos, sabemos o que realmente está em jogo: A PRIVATIZAÇÃO DA PETROBRÁS.

Só a unidade e a classe trabalhadora podem inverter esta realidade. Por isso, as bases da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) já iniciaram a greve. Várias refinarias, terminais, unidades operacionais estão cortando rendição, realizando atrasos e paralisando suas atividades, pela baixa do preço dos combustíveis, contra a venda de ativos, o equacionamento da Petros e a perda de direitos!

Greve Geral unificando caminhoneiros, petroleiros, eletricitários, professores e todas as categorias profissionais já! A hora é agora!

Fonte: FNP