Única inscrita, Chapa 1 é eleita por aclamação para a nova gestão do Sindipetro-LP

2018/2021

Em assembleia na noite desta terça-feira (27), os petroleiros e petroleiras do Litoral Paulista elegeram por aclamação a Chapa 1 para a gestão 2018-2021 do Sindipetro-LP. A votação ocorreu na sede, em Santos, e subsede, em São Sebastião.

A assembleia foi conduzida pela Comissão Eleitoral, que apresentou aos associados duas opções diante da inscrição de uma única chapa: como ocorre tradicionalmente, a votação nos locais de trabalho e sedes sociais da entidade; ou, como alternativa, a eleição por aclamação. 

Com apenas três votos contra, a maior parte decidiu pela aclamação, elegendo a Chapa 1 – formada por membros da atual diretoria e petroleiros de base que estiveram em lutas recentes e decisivas da categoria. As duas últimas vezes em que o Sindicato teve apenas uma chapa inscrita foram em 2003, quinze anos atrás, e em 1979, há quase 40 anos, tendo na cabeça da chapa Pedro Sampaio - liderança histórica. 

Conforme previsto no artigo 40 do Regimento Eleitoral do sindicato, protestos e recursos contestando a chapa eleita podem ser apresentados até dois dias úteis após o encerramento do processo eleitoral, no caso até a quinta-feira (29).

Na compreensão da maioria, uma vez consolidada a inscrição de apenas uma chapa, a eleição em urnas representaria um gasto financeiro significativo, e desnecessário, aos cofres da entidade. Outra ponderação foi de que o processo eleitoral, por 21 dias como prevê o regimento, representaria um obstáculo concreto para a continuidade das lutas que a diretoria vem organizando. Muitas delas fundamentais, como o equacionamento da Petros, PLR, demandas locais, e as batalhas contra as privatizações e medidas impopulares do governo Temer.

Continuidade e renovação
A direção eleita pela categoria combina a continuidade do trabalho desenvolvido nos últimos três anos, através da atual gestão, com uma renovação de 60% em seu quadro. Fôlego novo importante, que está presente em nove das dez unidades da Petrobrás que o Sindipetro-LP representa. Uma configuração que fortalece o trabalho de base e a busca pela unidade da categoria, demonstrando que a defesa por uma empresa integrada também se aplica à organização da luta. 

Afinal, apesar de todas as particularidades de cada base e setor, ativos, aposentados, pensionistas, trabalhadores do ADM e turno, somos todos petroleiras e petroleiros, somos os trabalhadores que formam essa tradicional e combativa categoria.

A nova diretoria irá enfrentar a partir de 1° de junho, primeiro dia de posse, uma conjuntura muito difícil. As lutas dos petroleiros e do conjunto da classe trabalhadora brasileira nunca foram tão difíceis e decisivas no período recente do país. Desde que assumiu o poder, Temer vem aplicando duros retrocessos a conquistas sociais históricas do povo pobre e trabalhador. Neste pacote, estão a privatização da Petrobrás e a entrega do petróleo brasileiro ao estrangeiro.

O trabalho da nova gestão começa oficialmente em junho, mas os primeiros passos já foram dados. Em breve, a chapa eleita irá apresentar, de maneira detalhada, o seu programa em todas as bases. Com este material, Sindicato e categoria poderão debater quais as melhores ferramentas e estratégias para seguir a luta contra a privatização da Petrobrás e por nenhum direito a menos.