Dirigentes do Sindipetro-LP se reúnem com GG do Gás para uma nova rodada de negociação

UTGCA

No último dia de 28 de fevereiro, os dirigentes do Sindipetro LP, lotados na UTGCA, estiveram reunidos com o Gerente Geral do Gás, o Eng. José Luz, para obter esclarecimentos sobre uma série de demandas oriundas da força de trabalho. Os trabalhadores estão preocupados com o aumento desproporcional da terceirização na unidade e, consequentemente, com a precarização das condições de trabalho na unidade.

O ponto principal discutido foi a notícia de que a responsabilidade pela operação e manutenção das subestações, da unidade, passaria a ser delegada a uma empresa terceirizada. “Após o recebimento desse informe pela força de trabalho, decidimos em agendar, de imediato, uma reunião ainda nessa semana com o GG do Gás, para obtermos esclarecimentos sobre o assunto. Estamos todos preocupados com a dinâmica e com os rumos que a gerência da UTGCA vem tomando”, afirma o diretor Tiago Nicolini.

Com o argumento de que existe um pleito de alguns empregados em sair da unidade, haja vista a grande adesão ao programa Mobiliza, a gerência da unidade resolveu licitar, “provisoriamente”, um novo contrato de suporte operacional a fim de atender às necessidades operacionais, até que novos empregados próprios possam vir trabalhar na unidade. “Existe uma insatisfação de alguns empregados em permanecer na unidade e queremos dar essa oportunidade de liberar alguns deles sem qualquer ônus maior para a companhia”, afirma o Gerente Geral.

Todos nós sabemos que a Petrobrás sempre utilizou de argumentos sem fundamento para justificar o aumento da terceirização em suas unidades. A forma de se resolver um problema de ambiência não é terceirizando uma atividade que compete à força de trabalho própria. A empresa pode e deve priorizar a contratação de mais empregados através de concurso público. Inclusive, essa é a solução para diminuir os postos terceirizados: primeirizando os postos de trabalho, ao invés de terceirizar, como costuma fazer.

A solução imediata é diminuir os postos ocupados por “supervisores interinos”, a fim de atender à necessidade operacional imediata. Há tempo os dirigentes do Sindipetro-LP vêm denunciando esse aumento de postos “interinos” seja na operação ou na manutenção. “O trabalhador é iludido com um “status” de supervisor que, formalmente, não existe”, afirma o diretor Edmilson Carmelito. A demanda operacional acaba sendo absorvida por outros trabalhadores, já que nesses casos não existe reposição de efetivo.

Laboratório da UTGCA

O laboratório da UTGCA é mais um exemplo de como a terceirização precariza as condições de trabalho. Na última matéria que nós divulgamos (acesse aqui), ficou claro que a intenção da companhia nunca foi priorizar a primeirização dos postos de trabalho. Colocamos esse ponto em mesa de negociação  e solicitamos uma atenção maior da gerência no sentido de frear esse processo absurdo de terceirização irrestrita. Deixamos claro que é possível primeirizar os postos de trabalho do laboratório. Depende, apenas, da força de vontade e de um planejamento da gerência responsável.

Regime de Trabalho dos Técnicos de Segurança

Foi também solicitado em mesa que seja mantido o atual regime de turno dos TS, independente do resultado da ação judicial impetrada pelo Departamento Jurídico do Sindipetro-LP. O GG ficou de estudar esse pleito e avaliar melhor essa situação sob a óptica da segurança operacional. Vale a pena salientar que o juiz da 1ª instância (Vara do Trabalho de Caraguatatuba) julgou improcedente o nosso pedido de manutenção do regime de turno dos TS. Os advogados entraram com recurso que deverá ser apreciado pelo TRT da 15ª Região (Campinas) ainda esse ano.

Transporte SJC x UTGCA x SJC

Esteva na pauta a necessidade de transporte de São José dos Campos para Caraguatatuba e vice-versa porque vários trabalhadores “sobem e descem” atualmente, fazendo esse percurso diariamente, ocasionando maiores riscos de acidente de trajeto.

Esse tema já foi discutido em reunião de CIPA e o Sindipetro-LP resolveu encaminhar esse pleito ao GG do Gás com o intuito de obter apoio para uma solução para esta demanda. O gerente ficou de estudar melhor o caso e encaminhar para uma solução. Vale a pena enfatizar que o número de empregados lotados na UTGCA e que residem em São José dos Campos tem aumentado nos últimos anos. Portanto, é dever da companhia estar atenta para esse “deslocamento” e buscar uma solução que garanta um mínimo de conforto a esses empregados durante o trajeto.