“Todo poderoso”, Geplat da P66 rasga normas de segurança e coloca vidas em risco

Acima das leis

Na plataforma P-66, desde que chegou o Geplat vem se afirmando como quem manda na unidade, sempre se colocando acima de suas gerências de terra. Não parece ser mero acaso. Na Bacia de Campos, onde ele é um velho conhecido, recebeu o sugestivo apelido de “Toninho Malvadeza”. Como se não bastasse, nosso “todo poderoso Toninho”, mais uma vez, se coloca acima dos padrões de segurança da empresa e das regras de ouro.

Na P-66 estaria o poste mijando no cachorro? 
No dia 14 de janeiro, foi identificado um empregado fazendo vistoria na área operacional com calça jeans e camiseta polo, sem uniforme resistente a fogo - EPI exigido em todas áreas com risco de vazamento de óleo e gás. O empregado estava acompanhado do Gerente da Plataforma (GEPLAT), que o pressionou a ir até a área operacional sem os EPIs necessários por mais de 30 minutos. Quando questionado, o GEPLAT “todo poderoso” disse que era o comandante máximo da unidade e teria autonomia para tal decisão.

Enquanto a força de trabalho atende e é cobrada à risca em relação às normas de segurança da Companhia, o tal GEPLAT se acha acima da lei. No momento da infração, a unidade operava em condições normais. Ou seja, não existia nenhuma justificativa para pressionar o empregado a correr tamanho risco.

O currículo fala por si
Não é de hoje que o Geplat expõe trabalhadores a situações de risco quando lhe convém. Em outra ocasião, já emitiu Permissões de Trabalho (PTs) sobre o mar sem condições climáticas seguras e sem conhecimento das equipes de Operação, Segurança e bote de resgate da unidade. Isso sem citar as Permissões de Trabalho assinadas por ele mesmo sem atender aos padrões da empresa. Isso porque, para ele, as regras da Petrobrás estão abaixo de sua autoridade.

O todo poderoso Geplat também já deixou de comunicar um vazamento de gás ocorrido na P66 no dia 19 de julho, que no dia seguinte evoluiu para um vazamento com risco altíssimo. O risco de uma explosão de grandes proporções era real. Não é pouca coisa! A irresponsabilidade do gerente poderia ter consequências catastróficas.

Até quando gerentes como este serão protegidos por seus pares? Qualquer técnico que tivesse atitude semelhante seria desembarcado pelo mesmo Geplat, que adora dar palestras sobre cumprimento de normas quando quem deve cumpri-las não é ele. 

Cabe à Petrobrás decidir se continuará admitindo lideranças que não respeitam normas de segurança ou se fará valer o tal “compromisso com a vida” quando se trata de seus gestores. De nossa parte, enquanto Sindicato e trabalhadores, estamos fazendo nossa parte: encaminhando a denúncia para que a empresa tome as devidas providências. Caso persista com a atual postura, negligente e irresponsável, tomaremos as devidas providências legais e políticas para garantir a segurança dos trabalhadores e da unidade.