Em defesa do emprego e dos direitos!
Em Assembleia na noite da última quarta-feira (20), na sede do Sindipetro-LP, subsede e plataformas (Merluza, Mexilhão e P66), os petroleiros do Litoral Paulista decidiram: sem garantia de emprego pleno e com retirada de direitos, não tem acordo. A rejeição da proposta foi quase unanime, com 94% dos trabalhadores presentes dizendo não à tentativa de manutenção da retirada de direitos. A aprovação da greve também foi por ampla maioria, com 77% da categoria respondendo positivamente ao indicativo da FNP de cruzar os braços no dia 3.
A decisão da categoria acompanha o cenário das demais bases da FNP, onde a proposta da empresa vem sendo rechaçada de maneira categórica. A indignação com a cláusula 42, que abre espaço para demissões em massa, é enorme. Assim como é grande também a revolta com a tentativa de retirar ou precarizar direitos fundamentais, como o fim do atual Benefício Farmácia, o reajuste abaixo do maior indíce de inflação do período, a imposição de congelamento salarial para 2018, a extinção do auxílio almoço, além da extinção da cláusula que impedia a empresa de descontar os dias de folga no retorno das férias.
Apesar do indicativo de aceitação da FUP, nas bases de diversos sindicatos filiados à outra federação a votação é apertada e não está descartada a possibilidade da categoria, como fez em 2015, contrariar o indicativo das suas direções. É o caso do Sindipetro-MG, Sindipetro-NF e Sindipetro-ES. Aos trabalhadores dessas bases, afirmamos: é possível avançar. Após duas propostas com diversos ataques, com diversos "bodes" na sala, só agora começamos de fato a negociar. Não há avanço, partimos do atual acordo coletivo para a busca de um acordo melhor, realmente digno e justo. Os petroleiros têm tradição de luta, organização, combatividade. É possível avançar!
Quadro geral de votação
- Contra a proposta: 191
A favor da proposta: 11
Abstenções: 1
- Greve Dia 3
A favor: 155
Contra: 33
Abstenções: 15