Com indicativo de rejeição, Sindipetro-LP coloca em votação nesta quarta (20) proposta da Petrobrás

Assembleia

Os petroleiros do Litoral Paulista realizam, na próxima quarta-feira (20), Assembleia para deliberar sobre a última proposta de Acordo Coletivo de Trabalho da Petrobrás. A FNP indica rejeição da proposta e greve no dia 3 de janeiro. As assembleias, que começaram no dia 14 e vão até o dia 22, vêm aprovando o indicativo da federação. Ou seja, rejeição da proposta e aprovação da greve a partir do dia 3 de janeiro. Este foi o resultado de votações realizadas, por exemplo, em unidades localizadas nas bases dos sindipetros Alagoas/Sergipe e Pará/Amazonas/Maranhão/Amapá.

Aqui no Litoral Paulista, a assembleia de quarta-feira acontece na sede, em Santos, e subsede, em São Sebastião, com 1ª chamada às 17h30 e 2ª chamada às 18 horas. Para os trabalhadores do regime de turno da UTGCA, em Caraguatatuba, a 1ª chamada acontece às 19h30, com a 2ª chamada às 20 horas. Trabalhadores embarcados nas plataformas de Merluza, Mexilhão e P66 também realizam, nas unidades, a votação sobre a proposta da companhia.

Manutenção dos ataques, 'bode' na sala
No último dia 12, o RH Corporativo apresentou a nova proposta para a FNP. Antes mesmo da negociação ser iniciada, a empresa já havia divulgado à categoria os principais itens de sua proposta. Se a intenção era enfraquecer o movimento sindical, antecipando a informação, o tiro saiu pela culatra: no portal do empregado, uma enxurrada de comentários negativos à direção da companhia foram publicados pela força de trabalho.

Não é por acaso. A direção da Petrobrás  não atendeu um único ponto da contraproposta apresentada pela FNP e aprovada em toda a sua base. O objetivo não declarado dessa nova proposta é, sem dúvida, fragilizar o emprego e o trabalhador para facilitar o caminho para a privatização da maior empresa do país. Por fim, exclui, altera e inclui outras cláusulas em sua nova proposta de ACT que sequer foram discutidas em mesa de negociação. A má fé e tentativa de prejudicar os petroleiros é gritante.

Este é o sentido de um pacote de maldades que envolve desde a redução do efetivo até a demissão em massa dos terceirizados, com ampla e profunda redução dos salários na renovação dos contratos. Mas os ataques não param por aí. Com a intensificação dos leilões do pré-sal, que agora corre o risco de ser totalmente entregue ao estrangeiro, o Brasil está abrindo mão de enormes recursos e de parte importante da renda petrolífera, que poderia ser destinada para o desenvolvimento do país.

Se de um lado a sanha entreguista tenta destruir a empresa e seu bem mais valioso, a força de trabalho, por outro existe uma categoria combativa e com tradição de luta para resistir aos ataques e exigir a apresentação de uma proposta digna, sem retirada direitos. Quem dirá se a proposta apresentada no último dia 12 é a última será o petroleiro.