Ampla rejeição: bases da FNP recusam 2ª proposta da Petrobrás

Não!

A segunda proposta da Petrobrás para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) foi rejeitada por ampla maioria dos petroleiros e petroleiras que participaram das assembleias realizadas até esta quarta-feira (22), nas bases dos sindipetros filiados à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).

De acordo com os dirigentes da Federação Nacional, a proposta apresentada pelo RH não contempla as reivindicações dos trabalhadores. Pelo contrário, demonstra a tentativa de Pedro Parente retirar direitos para enxugar a empresa e, consequentemente, entregar a Petrobrás para o capital internacional.

A proposta, por exemplo, reduz a abrangência da AMS e do Benefício Farmácia, além de insistir em um reajuste de 1,73%.

Próximos passos

Além da rejeição, os petroleiros também aprovaram a contraproposta da FNP, a fim de ser apresentada e analisada como forma de dar prosseguimento às negociações de ACT.

Outro indicativo aprovado foi o de greve por tempo indeterminado, a partir do dia 29 de novembro, caso a empresa insista em enrolar a categoria. Se não houver a prorrogação do ACT vigente ou a recusa em convocar reunião para negociar nova proposta, os trabalhadores irão cruzar os braços. Goela abaixo, não!

Veja aqui, ofício protocolado na Petrobrás nesta quinta (23).

Os petroleiros do Litoral Paulista, São José dos Campos, Alagoas /Sergipe, Rio de Janeiro e Pará/Amazonas/Maranhão/Amapá aprovaram em suas assembleias os mesmos indicativos já citados anteriormente. 

Escuso

O desmonte da Petrobrás, conduzido por Pedro Parente e Michel Temer, soma-se o lobby das empresas petrolíferas do Reino Unido, segundo denúncias divulgadas no último final de semana, resultando no afrouxamento das regras tributárias, ambientais e de conteúdo local, além de questionáveis “parcerias” com a Petrobrás, com graves consequências para os trabalhadores da empresa e para o país. Petroleiros e petroleiras sabem disso e estão unidos para resistir.

Fonte: FNP