Sindipetro-LP realiza Seminário de Greve. Sexta (24) em Santos, segunda (27) em São Sebastião

Organizar a luta!

Os petroleiros do Litoral Paulista realizam seminários de greve nesta semana para articular, coletivamente, as melhores estratégias de luta para pressionar a direção da Petrobrás a apresentar uma nova proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Uma proposta que, no lugar de retirada de direitos, como insiste Pedro Parente, tenha avanços.

Em Santos, o seminário acontece nesta sexta-feira (24), na sede do Sindicato, às 18 horas. Já em São Sebastião, a atividade será realizada na próxima segunda-feira (27), às 19h30. É importante que todos participem!

Na última assembleia, quando a 2ª proposta foi rejeitada por ampla maioria, foram deliberados outros dois indicativos: a contraproposta elaborada pela FNP (leia aqui) e a deflagração de greve por tempo indeterminado, a partir de 29 de novembro, caso a empresa não chame a entidade para negociação neste período ou não prorrogue a validade do ACT.

Até o momento, o RH Corporativo não se manifestou sobre essas exigências. Postura que reforça um quadro cada vez mais claro para nós: a direção da empresa quer enrolar os trabalhadores e vence-los pelo cansaço.

Diante disso, não podemos mais esperar. É preciso organizar a luta! Apesar da aprovação da greve por ampla maioria, o que demonstra a disposição de ir à luta, alguns companheiros sinalizaram na assembleia preocupação sobre a organização da greve. Um sentimento compreensível, pois sinaliza que mais do que lutar, a categoria quer vencer. Está preocupada em preparar, da melhor forma possível, a necessária resistência.

Por isso, o seminário será fundamental para que os petroleiros, que estão no dia a dia do trabalho, que conhecem as dificuldades de organizar a luta, participem efetivamente da articulação de estratégias para construirmos uma greve forte, nacional e unificada. Uma greve que seja construída pela base, adaptada à realidade de cada local de trabalho.

Dessa forma, teremos muito mais chances de empreender uma greve que incomode a direção da empresa, que force Pedro Parente a recuar. E para ter essa força, precisaremos da mais ampla unidade, inclusive com os petroleiros terceirizados e petroleiros de outras subsidiárias, que também estão sob forte ataque, como a BR Distribuidora.

A greve de 2015, cuja luta nos orgulhamos até hoje, é a prova de que só a luta muda a vida. Direitos como hora extra a 100%, AMS, dentre outros benefícios, seguem vigentes em nosso ACT única e exclusivamente por conta da luta que a categoria empreendeu dois anos atrás. Que este passado recente, protagonizado por muitos de nós, nos inspire. Juntos, somos mais fortes! Sim, nós podemos!