Petroleiros do Litoral Paulista deliberam sobre nova greve geral nesta quarta (21)

Assembleia

No dia 28 de abril, com participação expressiva dos petroleiros, a classe trabalhadora brasileira protagonizou a maior greve já realizada no país nos últimos vinte anos. Esse evento histórico não foi por acaso. Estamos diante de uma ameaça sem precedentes através da lei da terceirização (já aprovada) e das reformas da previdência e trabalhista, que seguem em pauta no Congresso e no Senado.

Apesar de vitoriosa, sendo seguida por uma marcha igualmente histórica em Brasília, com mais de 120 mil pessoas ocupando a Esplanada dos Ministérios, a greve geral de abril não foi suficiente para derrotar os ataques de Temer. Ao entrar em cena, a classe trabalhadora vem conseguindo adiar as votações dessas contrarreformas. Também contribui para a instabilidade, que por ora paralisa Temer e seus aliados, os escândalos de corrupção que surgem quase diariamente envolvendo diretamente o presidente e políticos de sua confiança. Mas ganhar tempo não nos basta. É preciso enterrar, de uma vez por todas, o pacote de maldades do governo a serviço dos patrões.

Por isso, as centrais sindicais marcaram uma nova greve geral. A data escolhida foi o dia 30 de junho, portanto é preciso desde já cada sindicato, cada entidade dos movimentos sociais e estudantil preparar suas categorias para essa luta que é decisiva. Sem paralisar o país não há a menor chance de reverter esses ataques. 

Os petroleiros do Litoral Paulista irão decidir pela sua adesão à mobilização no dia 21 de junho, em assembleia na sede (Santos) e sub-sede (São Sebastião) do Sindipetro-LP, com primeira chamada às 17h30 e segunda chamada às 18 horas. É muito importante que a categoria compareça, pois a participação efetiva dos trabalhadores na construção da greve geral é decisiva para o seu sucesso. 

Para além das reformas e da lei da terceirização, uma das principais facetas do golpe em curso é a privatização da Petrobrás, com a entrega do pré-sal brasileiro para o estrangeiro. Desde o ano passado, com o aprofundamento da venda de ativos, os petroleiros estão no olho do furacão. Para quem ainda tinha dúvidas, fica cada vez mais evidente que o objetivo do desgoverno ilegítimo de Temer é entregar o país às multinacionais, conforme vem exigindo o mercado financeiro há tempos. O período de dividir a exploração das riquezas nacionais com a elite brasileira ficou para trás. Agora, o objetivo das grandes empresas estrangeiras e seus acionistas é claro: retomar com toda força o seu controle sobre as riquezas brasileiras, dentre elas o petróleo.

Pelo tamanho dos ataques, que não envolvem apenas os direitos dos petroleiros, mas recursos estratégicos para o desenvolvimento do país, sempre dissemos que a categoria tinha como tarefa conquistar a sociedade brasileira para a necessidade de defender a Petrobrás e o pré-sal. Nós, sozinhos, não temos condições de levar adiante essa batalha sem uma grande mobilização de todos os trabalhadores do país.

Hoje, estamos diante da possibilidade concreta de organizar uma resistência de toda a classe trabalhadora contra os ataques de Temer. Por isso, os petroleiros devem entrar com força total na construção dessa greve geral e de todas as lutas que se enfrentem com o governo Temer. Pois é na esteira das mobilizações contra as reformas que temos chances de suspender também a entrega do pré-sal e a privatização da Petrobrás.

Dia 30 é Greve Geral contras as reformas, a lei da terceirização e a privatização da Petrobrás! Dia 21, todos à Assembleia Geral do Sindipetro-LP!