Sindipetro-LP decide participação na greve geral em assembleia na terça-feira (18)

28 de Abril o Brasil vai parar

Os petroleiros do Litoral Paulista decidem no início da semana que vem, na terça-feira (18), a participação ou não na greve geral convocada pelas centrais sindicais e diversos movimentos para o dia 28 de abril. A mobilização, que promete ser maior que a paralisação nacional de 15 de março, está sendo construída com um objetivo ambicioso e necessário: barrar os ataques do governo Temer, que reduzem e em alguns casos até mesmo retiram direitos históricos dos trabalhadores. Dentre eles, as reformas da previdência e trabalhista, além do projeto de lei que aprofunda a terceirização ao estende-la às atividades fins.

A deliberação será tomada em assembleia com primeira chamada às 17h30 e segunda chamada às 18 horas na sede (Santos) e subsede (São Sebastião) da entidade. Os trabalhadores que estão em regime offshore nas plataformas P-66, Merluza e Mexilhão também participam da decisão, com a votação sendo realizada nas unidades.

Desde que o governo ilegítimo de Temer assumiu o governo com a famigerada agenda de medidas impopulares, alinhadas à cartilha neoliberal agressiva exigida pelo mercado internacional, o Sindipetro-LP vem defendendo uma forte e ampla mobilização nacional para resistir a esses ataques. Não por acaso, foi parte importante desde então de todas as iniciativas que envolveram calendários nacionais de luta. Foi assim no ano passado, no dia 25 de novembro quando houve paralisações em diversos pontos do país e também na Baixada Santista; e, mais recentemente, foi assim nos dias 15 e 31 de março, que também envolveram atos e mobilizações em diversos cantos do país e na região.

Em relação ao dia 28 de abril, a posição do Sindipetro-LP não poderia ser diferente: defendemos que todos os trabalhadores da Petrobrás, espalhados nas 17 bases petroleiras, se incorporem à luta e realizem um forte dia de greve nacional. Aliás, opinamos que a fragmentação das lutas e a resistência das categorias realizada de maneira isolada não contribui para o enorme desafio que é derrotar o projeto entreguista de Temer. Apenas a mobilização conjunta e organizada de todos os trabalhadores, com a participação dos estudantes, movimentos populares e demais ativistas, pode impor uma derrota ao governo.

Consciente da importância do dia 28 de abril para a concretização deste objetivo, desde o início de abril o Sindicato vem participando das reuniões entre a Frente Sindical Classista da Baixada Santista e os demais sindicatos/centrais da região que visam organizar a greve geral na região.

Não há dúvidas de que o dia 28 de abril possui potencial para ser uma das maiores mobilizações do país nos últimos anos e, por consequência, a grande possibilidade de virarmos o jogo e colocarmos o governo Temer e seus aliados (Congresso, Senado, Judiciário e grande imprensa) contra a parede. Os petroleiros, uma das categorias mais combativas e estratégicas da classe trabalhadora brasileira, têm um papel fundamental para o sucesso deste dia.

Entretanto, cabe aos petroleiros e petroleiras de nossa base decidir sobre nossa participação ou não nesta greve. Por isso, queremos casa cheia na próxima terça-feira (18). Compareça!