Petroleiros participam de passeata em apoio à greve dos Servidores Públicos de Santos

Greve teve início no dia 9

Nesta segunda-feira, 13, o Sindipetro-LP participou da passeata dos Servidores Municipais de Santos, em greve desde o dia 9. A passeata partiu da Praça das Bandeiras, no Gonzaga e seguiu pela Avenida Ana Costa.

Os servidores cobram reajuste salarial que foi negado pela Prefeitura de Santos, que não ofereceu nem a reposição da inflação. Durante o trajeto, os diretores entregaram o boletim que fala da venda de ativos da Petrobrás.

Em sua intervenção, o diretor Fábio Mello falou sobre o desmonte da Petrobrás, feita pelo governo Temer por meio de Pedro Parente, que escolhe para quem vender os ativos, sem abrir licitação e a preço de banana.

Em seu terceiro dia útil da paralisação, a decisão pela greve, tirada em assembleia no dia 23 de fevereiro, é uma represália contra a proposta indecente de corrigir em 5,65% (índice inflacionário), os valores da cesta básica e do auxílio alimentação e reajuste zero sobre os salários. Os trabalhadores exigem, no mínimo, a recomposição salarial da inflação acumulada nos últimos 12 meses (5,35%).

O prefeito Paulo Barbosa afirma que não é possível conceder reajuste digno por causa da crise econômica. Entretanto, não é verdade. O orçamento municipal teve um aumento de 8% em relação a 2016 (2,7 bilhões de reais este ano, frente a 2,5 bilhões anos passado), sendo o maior orçamento da história da cidade. Além disso, o limite prudencial para gastos com folha de pagamento está em torno de 44% (o limite é 51%).

A última greve geral do serviço público ocorreu em 1995, durante a gestão do ex-prefeito David Capistrano. Em busca de melhores remunerações, a categoria, em quase sua totalidade, cruzou os braços por quase 30 dias. Na ocasião, as perdas do funcionalismo giravam em torno de 150% a 230%. 

O Sindipetro-LP apoia a luta desses 12 mil  companheiros!

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