Sindipetro-LP realiza assembleia no dia 31 para avaliar 5ª proposta da Petrobrás

ACT

Reunida na manhã desta terça-feira (24), no Rio de Janeiro, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) definiu o calendário de assembleias em suas bases. Os petroleiros e petroleiras dos sindicatos que compõem a federação irão avaliar a quinta proposta da Petrobrás entre os dias 25 e 31 de janeiro.

No Litoral Paulista, a assembleia acontece no dia 31 de janeiro, com primeira chamada às 17h30 e segunda chamada às 18 horas, na sede, sub-sede e plataformas de Merluza e Mexilhão. Na ocasião, serão debatidos e deliberados diversos pontos, dentre eles avaliação da proposta da empresa; manutenção ou não da assembleia permanente; manutenção ou não do estado de greve; e proposta de contribuição assistencial para não-sócio sobre a RMNR.

O indicativo da FNP é de rejeição da proposta. Nem mesmo em relação aos dias parados das greves de 2015 e 2016 a resposta da empresa foi satisfatória. Em resposta ao ofício da FNP exigindo o tratamento deste tema, a companhia se contentou em afirmar que negociará apenas após a assinatura do termo aditivo. Ou seja, com a categoria já desarmada.

Desarmada também em relação à redução da jornada com redução salarial e em relação à diminuição do percentual pago pelas horas extras, que a empresa tentará aprovar a toque de caixa, até dia 31 de março, em uma comissão.

A informação de que precisará haver consenso não nos ilude: os interesses da direção da empresa e dos trabalhadores são opostos. Se não houve sensibilidade de Pedro Parente diante de tanta insatisfação e mobilização, haverá em uma comissão restrita a diretores da empresa e dirigentes sindicais?

Responsáveis por garantir os recordes de produção da empresa em 2016, os trabalhadores são mais uma vez chamados a serem sacrificados por conta de uma crise que não produziram. Novamente, zero de aumento real e uma proposta de reajuste discriminatória que aprofunda o arrocho da categoria. O percentual oferecido (8,57%) está abaixo até mesmo do que foi concedido aos petroleiros e petroleiras repactuados pela Petros, prejudicando petroleiros da ativa e aposentados/pensionistas não repactuados. O reajuste para repactuados foi de 8,97%.

Durante as mesas de negociações para discutir a quinta proposta, a FNP cobrou uma resposta da empresa sobre a alteração unilateral do padrão de emissão de PT (permissão de trabalho). Com esta mudança, o trabalhador poderia iniciar os trabalhos sem autorização da operação. A verificação e posterior autorização do operador poderia ser feita até três horas depois, uma medida que apenas aprofundaria a insegurança das unidades e dos trabalhadores, aumentando o número de acidentes. Embora a empresa não tenha se pronunciado sobre o tema, pudemos verificar que o antigo padrão foi retomado. Uma vitória importante para a categoria, pois o que está em jogo é a vida de cada petroleiro e petroleira.

Dia 31 de janeiro, não se esqueça, compareça à Assembleia!