Em assembleia, petroleiros do Litoral Paulista ratificam suspensão da greve

A luta continua!

Os petroleiros do Litoral Paulista ratificaram na tarde desta segunda-feira (26), em assembleia, a suspensão da greve nas unidades da Petrobrás na Baixada Santista, Litoral Norte e plataformas. Logo pela manhã, diante do cenário nacional desfavorável, a diretoria colegiada do Sindipetro-LP decidiu suspender o movimento e levar a decisão final para a categoria.

A assembleia aconteceu na sede do Sindicato, em Santos, e na sub-sede, em São Sebastião. A decisão foi tomada por ampla maioria de votos dos presentes. Se por um lado a categoria decidiu pelo recuo na greve, por outro definiu manter em vigor a decisão da assembleia anterior, de quinta-feira (22), de greve e paralisações.

Com essa decisão, o Sindicato está autorizado a retomar a greve a qualquer momento, inclusive na virada do ano – tema que será discutido em reunião da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) ainda esta semana. O Estado de Greve também está mantido.

A luta continua!
Apesar do recuo, a luta da categoria não terminou e muito menos a campanha reivindicatória. A quarta proposta da empresa segue rejeitada e uma nova mobilização, com adesão nacional de maior peso, não está descartada.

Como dito anteriormente, a FNP se reunirá nesta semana para avaliar o cenário nacional e traçar estratégias para pressionar a empresa a apresentar uma proposta digna aos trabalhadores. Além disso, a federação irá se pronunciar sobre o pedido da companhia de mediação do TST nas negociações. De qualquer forma, já adiantamos que não existe negociação quando o presidente Pedro Parente tenta impor o início e o fim da campanha salarial.

Além de rejeitar nacionalmente a quarta proposta da empresa, os petroleiros e petroleiras de diversos cantos do Brasil demonstraram nos últimos dias, com os braços cruzados, que não aceitam a retirada de direitos e o reajuste parcelado, abaixo da inflação. Neste sentido, a greve natalina é uma vitória dos trabalhadores ao demonstrar de maneira contundente que a categoria não caiu no discurso barato de Pedro Parente, que tentou sem sucesso evitar a deflagração da greve.

A categoria não quer cartas demagógicas, mas sim valorização real. Reajuste digno e nenhum direito a menos. Por isso, exigimos uma nova proposta! E, se necessário for, voltaremos a cruzar os braços com ainda mais força.