Litoral Paulista suspende greve e define próximos passos em assembleia hoje (26)

ACT

Os petroleiros do Litoral Paulista suspenderam na manhã desta segunda-feira (26) a greve em suas bases. A diretoria do Sindipetro-LP esteve em todas as unidades mobilizadas e atrasou a entrada dos trabalhadores de turno e regime administrativo para explicar o cenário nacional e as razões da suspensão do movimento grevista.

A decisão vai ao encontro das deliberações da última assembleia, realizada quinta-feira (22), quando a categoria definiu que caberia à diretoria colegiada do Sindipetro-LP avaliar o melhor momento de iniciar e suspender a greve. Diante do enfraquecimento do movimento, com o fim da greve nas bases do Sindipetro Unificado e o cancelamento do movimento no Norte Fluminense, bases estratégicas nacionalmente, a direção chegou à conclusão que o melhor caminho neste momento seria a suspensão do movimento.

Entretanto, lembramos que a decisão final sobre os rumos do movimento no Litoral Paulista será tomada hoje (26), em assembleia na sede e sub-sede do Sindicato, com primeira chamada às 17h30 e segunda chamada às 18 horas. É fundamental que todos marquem presença.

Importante ressaltar que a entrada dos trabalhadores no turno da tarde desta segunda-feira (26) volta ao normal com a suspensão do movimento, inclusive na RPBC onde ontem foi negociada com a empresa a rendição com escala de 12x48. 

Parabenizamos todos os trabalhadores e trabalhadoras que protagonizaram a greve natalina na UTGCA, Tebar, Alemoa, RPBC/UTE Euzébio Rocha e plataformas de Merluza e Mexilhão. No caso da refinaria, não devemos esquecer a firmeza dos trabalhadores do Grupo 2 que ficaram confinados na unidade por quase 48 horas.

A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) se reunirá nesta semana para avaliar o cenário nacional e traçar estratégias para pressionar a empresa a apresentar uma proposta digna aos trabalhadores. Uma nova greve, dessa vez durante a virada do ano, não está descartada. Além disso, a federação irá se pronunciar sobre o pedido da companhia de mediação do TST nas negociações. De qualquer forma, já adiantamos que não existe negociação quando o presidente Pedro Parente tenta impor o início e o fim da campanha salarial. 

Além de rejeitar nacionalmente a quarta proposta da empresa, os petroleiros e petroleiras de diversos cantos do Brasil demonstraram nos últimos dias, com os braços cruzados, que não aceitam a retirada de direitos e o reajuste parcelado, abaixo da inflação. Neste sentido, a greve natalina é uma vitória dos trabalhadores ao demonstrar de maneira contundente que a categoria não caiu no discurso barato de Pedro Parente, que tentou sem sucesso evitar a deflagração da greve. A categoria não quer cartas demagógicas, quer valorização real. Exigimos uma nova proposta! E, se necessário for, voltaremos a cruzar os braços com ainda mais força. A luta continua!