Com adesão das plataformas, Litoral Paulista tem 6 unidades da Petrobrás em greve

Greve natalina

A disposição de luta da categoria por um acordo coletivo digno, sem retirada de direitos, segue grande no Litoral Paulista. Neste domingo de natal, 25 de dezembro, as plataformas de Merluza e Mexilhão decidiram pela adesão ao movimento grevista com a suspensão na emissão de PTs (Permissões de Trabalho) e operação padrão. 

Com isso, a base do Sindipetro-LP está com seis unidades em greve. Além das plataformas, estão de braços cruzados os trabalhadores da RPBC/UTE Euzébio Rocha (Cubatão); Terminal Alemoa (Santos); Tebar (São Sebastião); e UTGCA (Caraguatatuba).

Em todas as unidades, o Sindicato conseguiu garantir a liberação dos trabalhadores em greve e entregar a operação para os grupos de contingência da companhia. A exceção é a RPBC.

O impasse na RPBC
Na refinaria, mesmo com a entrega do Termo de Entrega da Operação para Grupo de Contingência, assinado por todos os grevistas, a empresa não liberou nenhum trabalhador, mantendo a força de trabalho na unidade sob a ameaça de abandono de emprego.

Em resposta, o Sindipetro Litoral Paulista registrou Boletim de Ocorrência registrando a recusa da empresa em liberar os grevistas. Policiais militares estiveram na unidade e constataram a situação. Para ganhar tempo, a empresa enviou ofício ao Sindicato solicitando que indicasse a contingência. O Sindicato respondeu o ofício (leia aqui), apontando de maneira detalhada os passos necessários para garantir a troca dos trabalhadores de forma segurança à unidade e à própria força de trabalho. Até mesmo o percentual de redução de carga necessária de algumas unidades foi apontado, assim como a ordem de troca dos grupos, mas até o presente momento a companhia não deu nenhum retorno.

Para nossa surpresa, recebemos uma liminar para que indicássemos a contingência. Entretanto, como o Sindicato já havia enviado ofício em resposta à companhia, não há mais subterfúgios para a refinaria continuar negando a liberação dos trabalhadores. Paralelamente, uma vez que não há nenhuma confiança na boa vontade da gerência local, o Departamento Jurídico do Sindicato vem analisando a situação para tomar novas medidas que resolvam o conflito positivamente aos trabalhadores.

Os próximos passos
Conforme deliberado na última assembleia, realizada na quinta-feira da semana passada, a diretoria do Sindipetro-LP vem analisando diariamente o cenário nacional e mantendo contato permanente com os demais sindicatos em greve.

Nesta segunda-feira (26), uma nova assembleia acontece na sede e sub-sede do Sindicato, com primeira chamada às 17h30, para avaliar a greve até aqui e apontar os próximos passos. Reforçamos a necessidade de que a categoria compareça em peso ao Sindicato, pois é coletivamente que melhor resolvemos nossos destinos.

A luta continua!