Litoral Paulista amanhece na véspera de Natal com 4 unidades da Petrobrás em greve

Greve Nacional

A greve natalina da categoria petroleira já é realidade no Litoral Paulista. Ontem, sexta-feira (23), os petroleiros da UTGCA, em Caraguatatuba, que deveriam entrar no turno das 19 horas ficaram do lado de fora. Com isso, a unidade foi a primeira a deflagrar greve na base do Sindipetro-LP. Algumas horas depois, já no turno de zero hora do Tebar neste sábado (24), foi a vez dos trabalhadores do maior terminal da América Latina cortarem a rendição e iniciar a greve em São Sebastião.

Neste sábado (24), às 7 horas, os trabalhadores do Terminal Alemoa, em Santos, e da RPBC/UTE Euzébio Rocha, em Cubatão, também cortaram a rendição. Ou seja, quatro unidades do Litoral Paulista estão em greve neste momento.

No Tebar, em São Sebastião, o grupo que estava no terminal saiu e deixou a operação nas mãos dos empregados com cargo de chefia. Na RPBC/UTE, em Cubatão, na noite de ontem os dirigentes do Sindicato colheram dos trabalhadores de turno que não foram rendidos na manhã deste sábado (24) a assinatura do Termo de Entrega da Operação para o Grupo de Contingência.

Com a assistência do advogado do Sindicato, os dirigentes estavam na manhã deste sábado na refinaria para negociar a saída dos trabalhadores. Afinal, a permanência dentro da unidade por mais de 16 horas configura uma ilegalidade (a legislação prevê apenas duas horas extras). Àqueles que não assinaram o termo, pedimos que entrem em contato com o Sindicato e entreguem o documento a qualquer dirigente para garantir sua saída (acesse aqui).

Já na UTGCA, sem qualquer justificativa plausível, o gerente da unidade se recusou a assinar documento reconhecendo que a unidade está sendo entregue ao grupo de contingência. Com a intervenção do Departamento Jurídico do Sindicato, a gerência acabou recuando e a saída dos trabalhadores da unidade será garantida. No Terminal Alemoa, assim como na RPBC, todos os trabalhadores foram orientados a comunicar à gerência do terminal que deixariam seus postos com o encerramento da jornada normal de trabalho.

Como se esperava, a última  sexta-feira (23) se concretizou como um grande dia de mobilização nacional. Além de rejeitar de norte a sul do país a quarta proposta da companhia, os petroleiros de todo o Brasil vêm transformando a véspera de natal em um período de luta. Pela primeira vez, nesta campanha reivindicatória, se consolidam paralisações envolvendo os 17 sindicatos do país.

Além de insistir na manutenção da proposta de redução de jornada com redução salarial em 25%, sem qualquer discussão sobre os critérios estabelecidos com as entidades sindicais, a empresa propõe reajuste salarial parcelado e abaixo da inflação. Em sua última proposta, o valor oferecido é de 6% a partir de setembro de 2016 (data-base da categoria) e mais 2,8% a partir de fevereiro de 2017. A categoria merece e exige mais.

Aos trabalhadores do Litoral Paulista, pedimos que sigam as orientações do Sindicato e acessem diariamente os nossos veículos de comunicação (site, facebook, whats app).