Como aquecimento à greve, Litoral Paulista inicia sexta-feira (23) com paralisações

Por um ACT digno

A estratégia escolhida pelos petroleiros do Litoral Paulista, na assembleia da última quinta-feira (22), surtiu efeito: com o início da greve sob sigilo e nas mãos da direção do sindicato, as gerências das unidades da Petrobrás ficaram desorientadas nas últimas horas. Preocupada com um possível corte de rendição já na madrugada desta sexta-feira, na RPBC a gerência chegou a forçar a dobra de alguns trabalhadores.

Conforme deliberado pela categoria, a direção do Sindipetro-LP está com a responsabilidade de definir - com avaliações diárias - o melhor momento para deflagrar a greve nas unidades da companhia na Baixada Santista e Litoral Norte.

Na manhã desta sexta-feira (23), houve atraso no início do expediente dos trabalhadores de turno e administrativo de três unidades de terra: a RPBC/UTE Euzébio Rocha, em Cubatão; o Terminal Pilões, também em Cubatão; e o Terminal Alemoa, em Santos. Na Plataforma de Mexilhão, os trabalhadores seguem a orientação do sindicato de não emissão de PTs (Permissões de Trabalho). Durante as paralisações, o dirigentes aproveitaram para explicar as deliberações da assembleia e fazer as orientações necessárias para o momento em que houver o corte de rendição no regime de turno.

Um Termo de Entrega da Operação para Grupo de Contingência já está disponível (acesse aqui) para todos os trabalhadores. Dessa forma, aqueles que estiverem dentro das unidades no momento do corte de rendição podem assinar este documento para exigir a imediata saída do posto de trabalho.

Cenário nacional
Até o fechamento desta matéria, no início da manhã desta sexta-feira, recebemos a informação de mobilizações em diversas unidades do país. Na Revap, em São José dos Campos, houve corte de rendição já no turno de 23 horas de quinta-feira (22) e na manhã desta sexta-feira (23) novo corte de turno e mobilização com ADM e terceirizados. No Unificado São Paulo, a paralisação também está forte com corte de rendição na Recap e Replan. No Paraná, corte de rendição na Repar.

No Rio de Janeiro, atraso de duas horas no CENPES, e nas termelétricas de Seropédica (Barbosa Lima Sobrinho e Baixada Fluminense). Na base do Sindipetro Pará/Amazonas/Maranhão/Amapá, ocorre hoje assembleias em diversas unidades com o indicativo de greve. Em outras, como os prédios administrativos de Manaus e Belém, além de Urucu e Termoelétricas Tambaqui e Jaraqui, os trabalhadores realizaram paralisações. No TA Belém, houve corte de rendição do turno e adesão do administrativo com atraso até 10 horas. O Sindipetro AL/SE,realiza as assembleias nesta sexta-feira (23) com indicativo de greve.

Além de insistir na manutenção da proposta de redução de jornada com redução salarial em 25%, sem qualquer discussão sobre os critérios estabelecidos com as entidades sindicais, a empresa propõe reajuste salarial parcelado e abaixo da inflação. Em sua última proposta, o valor oferecido é de 6% a partir de setembro de 2016 (data-base da categoria) e mais 2,8% a partir de fevereiro de 2017. A categoria merece e exige mais.

Aos trabalhadores do Litoral Paulista, pedimos que sigam as orientações do Sindicato e acessem diariamente os nossos veículos de comunicação (site, facebook, whats app).