Por um ACT digno
Apesar da forte ofensiva da Petrobrás para evitar uma greve, com direito a práticas antissindicais e todo tipo de pressão através de gerentes e comunicados na internet, o fim de ano da categoria será com luta. Em assembleia na noite desta quinta-feira (22), os petroleiros do Litoral Paulista aprovaram a deflagração de greve nas unidades da companhia na Baixada Santista e Litoral Norte.
Também foi aprovada a manutenção das paralisações como atrasos e corte de rendição em todas as bases, com avaliação diária do cenário nacional pelo Sindicato. Às plataformas de Mexilhão e Merluza, a orientação é de que o movimento seja realizado com a já tradicional não emissão de PTs (permissões de trabalho).
A votação aconteceu na sede da entidade, em Santos, e na sub-sede, em São Sebastião. Na segunda-feira (26), uma nova assembleia será realizada para fazer um balanço da greve e definir os próximos passos da luta por um acordo coletivo de trabalho digno.
Além de insistir na manutenção da proposta de redução de jornada com redução salarial em 25%, sem qualquer discussão sobre os critérios estabelecidos com as entidades sindicais, a empresa propõe reajuste salarial parcelado e abaixo da inflação. Em sua última proposta, o valor oferecido é de 6% a partir de setembro de 2016 (data-base da categoria) e mais 2,8% a partir de fevereiro de 2017. A categoria merece e exige mais.
A aprovação da greve aconteceu após um intenso debate durante a assembleia. Para uma parte dos petroleiros presentes, ainda seria possível pressionar a empresa através das mobilizações que já vêm sendo realizadas. Mas a opinião da maioria pela intensificação do movimento, através da greve, acabou prevalecendo.
Esta sexta-feira, 23 de dezembro, se desenha como um grande dia de mobilização nacional. Além de rejeitar de norte a sul do país a quarta proposta da companhia, os petroleiros de todo o Brasil vêm aprovando greve e paralisações em pleno calendário festivo de natal. Pela primeira vez, nesta campanha reivindicatória, está sendo construída uma forte paralisação envolvendo os 17 sindicatos do país.
Aos trabalhadores do Litoral Paulista, pedimos que sigam as orientações do Sindicato e acessem diariamente os nossos veículos de comunicação (site, facebook, whats app).