Mobilizações para o act
Depois de passar por cinco bases, a Caravana da Federação Nacional dos Petroleiros ( FNP) encerrou sua última etapa com a paralisação, por cerca de duas horas, do Terminal Aquaviário da Baía de Guanabara (TABG), localizado na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (16). Representantes dos cinco sindipetros que compõem a Federação estavam presentes.
Durante visita ao TABG, além das palavras de ordem e das falas das representações sindicais, a FNP conversou com cada um dos trabalhadores presentes. De acordo com Fábio Mello, diretor do Sindipetro-LP e da FNP, a iniciativa de fazer corpo a corpo foi fundamental para divulgar o abaixo-assinado promovido pela campanha “Do pré-sal não abro mão”, lançada em agosto pelo Sindipetro Litoral Paulista durante mobilização na RPBC, em Cubatão.
Para a FNP, a Caravana serviu, sobretudo, para mostrar aos petroleiros que a luta não pode parar e não se pode descansar. “Os petroleiros só vão existir se permanecerem em luta permanente”, disseram os dirigentes sindicais durante o ato.
José Carlos da Costa, técnico de operação do TABG, afirmou que a visita da Caravana Nacional chega num momento oportuno. “Ou nos unirmos agora para barrar o pacote de maldade que está vindo ou o pacote será aprovado”, disse.
Segundo Carlos da Costa, a Caravana desempenhou um papel tão significativo que deve continuar visitando outras bases, independentemente de ser da FNP. “É como ouvir da boca dos ‘lutadores do povo’ a afirmação de que existe uma alternativa ao sistema do capital, que estamos atualmente vivendo, e se caracteriza pela abolição dos direitos dos trabalhadores”, afirmou.
Avaliação
Segundo Adaedson Costa, da direção do Sindipetro-LP e da FNP, a grande intenção da Caravana Nacional da FNP foi de dizer para a categoria “estamos em luta”, além de aproximar a direção da FNP das suas bases. “Nesse sentido, a Caravana cumpriu o seu papel.”
“Estivemos nas principais bases da Petrobrás, dialogando com os trabalhadores que demonstraram disposição para a luta. Até porque não nos resta alternativa senão lutar”, disse Emanuel Cancella, diretor do Sindipetro-RJ e da FNP.
O sentimento que fica, na totalidade, é o de sucesso e de compromisso com a classe trabalhadora. “Devemos permanecer em permanente vigilância sobre as decisões que devem vir com Pedro Parente na direção da Petrobrás. É fundamental fazer com que os petroleiros entendam os riscos que o país corre com o entreguismo”, completou Cancella.