Reduc
A Petrobrás suspendeu as operações na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), com capacidade de processar 242 mil barris por dia, no estado do Rio de Janeiro, após uma falha no tanque de enxofre, afirmou à Reuters, nesta segunda-feira, o sindicato que representa os trabalhadores no local.
A planta sofreu um desligamento total em 31 de agosto, depois de uma falha de energia e estava no processo de reiniciar quando o teto de um tanque de armazenamento de enxofre, feito de concreto, entrou em colapso, forçando a paralisação das operações novamente, explicou o sindicato.
"A produção de todos os combustíveis na Reduc está parada", disse um líder sindical à Reuters. "É só mais um exemplo da decadência do equipamento e da má administração na refinaria. Esse é um lugar onde os acidentes estão sempre prestes a acontecer."
O representante do sindicato não quis ser identificado porque ele não é autorizado a falar sobre as operações da Petrobrás. O líder sindical disse que a Reduc estava processando cerca de 240 mil barris de petróleo por dia antes do corte de energia de 31 de agosto.
A assessoria de imprensa da Petrobrás disse que representantes não estavam disponíveis imediatamente para comentários.
Uma das 15 refinarias em operação da Petrobras, a Reduc é responsável por cerca de 10 por cento da capacidade de refino do Brasil.
O refino não pode ser realizado sem o tanque, disse o sindicalista. A Petrobras não é autorizada a queimar sulfeto de hidrogênio, que é tóxico, e deve removê-lo e então captar o enxofre para manter a unidade funcionando, segundo o sindicalista.
O colapso do teto do tanque é o segundo neste ano na Reduc e ocorre em um momento em que a Petrobras age para cortar gastos e mão de obra para reduzir sua dívida de quase 125 bilhões de dólares, a maior na indústria de petróleo.
Em janeiro, um funcionário que conduzia uma inspeção de rotina dentro de um tanque de resíduo a vácuo despencou 14 metros através do teto de aço corroído do tanque e morreu.
Ninguém ficou ferido no colapso do tanque de armazenamento de enxofre nesta segunda-feira. Inspetores, no entanto, estão impedidos de examinar o telhado desde mais cedo no ano por promotores brasileiros após o sindicato reclamar que as escadas que levam ao telhado não possuem corrimão ou outra grade de segurança.
Fonte: Jornal Extra