Ato ‘Por todas elas’ protesta contra a cultura do estupro em Santos

Nesta quarta-feira (01)

Uma onda de protestos e debates percorrem o país desde a divulgação do estupro coletivo cometido contra uma menor de idade no Rio de Janeiro. Na próxima quarta-feira (1), atos nas principais cidades do Brasil acontecem simultaneamente para dizer um basta à cultura do estupro e à violência contra a mulher.

Em Santos, o protesto ‘Por todas elas’ acontece na Praça da Independência, com concentração às 19 horas (clique aqui para conferir o evento no Facebook). O Sindipetro-LP, que já manifestou o seu repúdio à barbaridade cometida contra a garota violentada por mais de 30 homens (leia aqui), irá participar da atividade. Neste sentido, convocamos todos os petroleiros e petroleiras à se somarem a esta importante iniciativa.

Infelizmente,  o que aconteceu com essa menina não é um caso isolado. O Brasil é um dos países recordista de violência contra as mulheres. Segundo dados de 2014 acontecem 47.646 estupros por ano. São aproximadamente 130 por dia. Quase 6 por hora. 

Mesmo com vídeos circulando pela internet que comprovam o fato, a grande imprensa tem tentado por meio de notícias e boatos induzir que a jovem se drogava, ia a bailes funks, claramente tentando culpabilizar a vítima pelo o que aconteceu. 

Em um contexto de fortes ataques aos direitos dos trabalhadores, com cortes brutais no investimento em educação e saúde, não podemos ter qualquer confiança que o governo ilegítimo de Temer irá dar respostas às violências cotidianas que as mulheres sofrem. Temer demorou horas para se pronunciar e quando o fez anunciou como resposta a criação de um departamento da Polícia Federal para cuidar dos casos de violência à mulher. O governo Temer é aquele que convida para discutir sobre política educacional o estuprador confesso Alexandre Frota, enquanto não dialoga com os estudantes e manda a polícia retira-los a força das ocupações.

Infelizmente, também não tivemos nenhum avanço nas pautas das mulheres no governo do PT, que durante os 13 anos que esteve no poder fez todo o tipo de aliança espúria com os setores mais reacionários, que hoje estão no governo de Temer, rifando os direitos das mulheres. Por isso, as respostas devem vir das ruas.