Moção de apoio à ocupação na USP
O Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista enviou uma moção de apoio aos estudantes, em luta contra as agressões sofridas por mulheres no Conjunto Residencial da USP (CRUSP). Em protesto contra a morosidade em resolver os problemas denunciados, vítimas e moradores ocupam desde o dia 6 de abril a Superintendência de Assistência Social (SAS) da USP. O documento será encaminhado para a Corrente Proletária na Educação, que entregará aos ocupantes da SAS. (Acesse o documento aqui).
Os estudantes pedem nada mais do que o fim do machismo institucional na USP, fim das agressões, punição dos culpados, uma comissão independente, formada por estudantes, professoras e trabalhadoras, para averiguar as denúncias, vagas nas creches, devolução dos blocos K e L e moradia adequada para as mães.
Uma instituição de ensino como a USP, berço de grandes profissionais de hoje e do futuro, formadores de opinião, não pode se omitir sobre a opressão sofrida pelas mulheres em suas dependências, sob o risco de perpetuar atitudes e comportamentos há muito condenados e denunciados pelas vítimas, mas sem medidas corretivas suficientes.
Após o início da ocupação, protesto começa gerar alguma atitude. Pressionada pelo movimento, a reitoria da USP se viu obrigada a acordar em juízo a criação de uma comissão, com maioria estudantil e independente da burocracia, para apurar os casos de agressão à mulher na moradia estudantil. No entanto, a reitoria está desrespeitando o acordo e baixou portaria de uma comissão sob sua subordinação.
O movimento de ocupação, composta por homens e mulheres rechaça esta comissão, visto que outras dessa natureza já foram criadas pela universidade e só serviram para acobertar os agressores. Esta é a razão do movimento exigir uma comissão com membros eleitos em seus fóruns e não da burocracia conivente.
Que a reitoria cumpra com o acordo! Que não proteja os agressores, mas cumpra com seu dever de defender a permanência da mulher na universidade!