Grupo Esperança organiza mutirão para exame que substitui biopsia hepática

Ação social no Sindicato

O Grupo Esperança, organização não governamental apoiado pelo Sindipetro-LP, que da apoio aos portadores do vírus da Hepatite C da Baixada Santista, promoveu na segunda-feira (4) um dia de exames importantes para quem precisa de tratamento contra a doença.

A Elastografia Hepática, também chamada de Fibroscan, é um exame mais moderno, ainda indisponível na maioria das unidades de saúde públicas no Brasil. Em clínicas particulares, o exame, que substitui a biópsia hepática, mais evasiva para o paciente, custa entre R$ 2 mil e R$ 6 mil.

O trabalho do Grupo Esperança na campanha do exame vai desde sensibilizar médicos especializados, geralmente da capital, para que venham até a baixada com o equipamento e materiais para as consultas, até a organização do mutirão, buscando em parcerias com ambulatórios e consultório de especialidades da região, a indicação de pacientes, em sua maioria pessoas carentes, que aguardam há anos pelo diagnóstico. Ao todo, 60 pessoas foram beneficiadas com o exame.

O aposentado Felipe Floriano, morador de Mongaguá, foi diagnosticado com Hepatite C há três anos e desde então aguardava o exame que indicará o seu real estado de Saúde. Após passar pelo exame, cujo resultado sai na hora, o aposentado finalmente terá um diagnóstico com indicação de terapia. Após o exame, o resultado é encaminhado para o local em que o paciente faz o acompanhamento. Em média, o retornos desses pacientes ao local em que faz o tratamento demora uma semana. O médico Paulo Abraão, infectologista da Unifesp, que trouxe voluntariamente seu equipamento para o atendimento no Sindicato, explica que para 85% dos pacientes examinados não há a necessidade de biopsia.

Jeová Pessin Fragoso, presidente do Grupo Esperança, conta que os mutirões para exame de Fibrosan acontecem a cada três meses. “As parcerias com médicos, ambulatórios e o espaço cedido pelo Sindipetro-LP são importantes instrumentos para a população carente no controle das doenças hepáticas, pois diminui seu tempo de espera para exames e proporciona um atendimento de qualidade, diminuindo as filas da rede pública. Com esse exame, o médico pode dizer exatamente como está o fígado do paciente, se evoluiu para cirrose e daí indicar o melhor tratamento”.

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