Bancos demitem 1.327 trabalhadores em fevereiro. Média salarial dos admitidos é 50% menor

Apesar dos lucros em meio à crise

A crise é uma ótima oportunidade para os grandes empresários aplicarem profundos ataques sob o argumento do "sacrifício", do "necessário ajuste" para garantir empregos e aquecimento da economia. Conversa fiada!

Basta notar o exemplo dos banqueiros. Apesar dos lucros sempre crescentes, os bancos extinguiram 1.327 empregos em fevereiro. E mais: o salário médio dos admitidos é 50% do que ganhavam, em média, os demitidos. Os números do Caged também apontam que o salário médio dos demitidos era R$ 6.667,36 e o dos admitidos, R$ 3.342,64. Isso mostra que os bancos também ganham muito com a rotatividade. Não assistimos o mesmo processo na Petrobrás? Não é essa a intenção com o iminente PDV?

Os dados são do Cadastro Geral de Empregadfos e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e causam revolta se olharmos os lucros registrados pelo setor no país. Só em 2015, os cinco maiores (Itaú, Bradesco, Santander, BB e Caixa) tiveram, juntos, lucro de R$ 70 bilhões, crescimento de 16% em relação ao resultado que tiveram em 2014. Portanto, não têm nenhuma justificativa para cortar postos de trabalho. No ano passado, os mesmo cinco grandes bancos extinguiram 10.523 empregos, segundo dados de seus balanços.

No Brasil foram fechadas 104.582 vagas formais de trabalho em fevereiro. No primeiro bimestre foram fechados 204.912 postos de trabalho e no acumulado dos últimos 12 meses até fevereiro foram fechadas 1,707 milhão de vagas formais.

Com informações do Sindicato dos Bancários de Santos