Governo ignora o movimento sindical e confirma privatização das distribuidoras de energia da Eletrobras

Política

A reunião realizada segunda-feira, dia 01, em Brasília entre o Governo Dilma,  a FNU, os  sindicatos e os movimentos sociais para discutir a privatização das distribuidoras de energia da Eletrobras, foi frustrante para os trabalhadores, pois os Ministros Jaques Wagner e Ricardo Berzoini, mais uma vez não compareceram, sendo representados por assessores do Ministério de Minas e Energia, que reafirmaram que estas empresas estratégicas para a sociedade serão privatizadas.

Mesmo diante da argumentação dos dirigentes alertando sobre o que representa para os trabalhadores a retomada das privatizações, como as demissões em massa, a precarização do trabalho através de uma intensa terceirização das atividades fins, enfim todo receituário neoliberal dos anos 90, nada disso pareceu ser suficiente. Não há dúvidas: O Governo Dilma se curvou ao mercado.

As lideranças sindicais tentaram adiar a audiência pública prevista para a próxima quarta-feira (3) em Goiânia, quando o edital da venda da Celg deve ser formalizado. O representante do Ministério se comprometeu a dar uma resposta nesta terça-feira, dia 02, até às 18 horas, sobre a suspensão da audiência pública, que duraria cerca de 60 dias, para realização de novas reuniões. Caso esse o leilão se confirme os sindicatos do setor elétrico e os movimentos sociais, como o MAB e MST, prometeram  formalizar o rompimento definitivo com o governo Dilma.

Durante a reunião também foi questionado pelos dirigentes sindicais a propagada abertura de capital de Furnas. O Secretário Executivo do Ministério de Minas e Energia, Luiz Eduardo Barata, afirmou que não há essa tratativa no MME. Todavia, como esse Governo não conta mais com a confiança dos trabalhadores, é preciso continuar atento e mobilizado.

A FNU, sindicatos e os movimentos sociais vão à luta como fizeram no passado, quando impediram que todo setor elétrico fosse vendido por FHC. Se articulando ao máximo, indo às ruas denunciando a população o que representa entregar o patrimônio público ao capital privado, que só tem compromisso com o lucro.

As entidades reafirmam o total repúdio com os rumos tomado pelo Governo Dilma no setor elétrico, pois durante a campanha de reeleição havia o compromisso de se manter estatal estas empresas distribuidoras. Durante o ápice da crise política em 2015 os trabalhadores foram às ruas para garantir a estabilidade da democracia, fazendo o confronto contra a direita, que ainda hoje trabalha dia e noite pelo impeachment da presidenta.

Fonte: Federação Nacional dos Urbanitários (FNU)