Insegurança
É com imenso pesar e indignação que recebemos a notícia de mais um acidente no Sistema Petrobrás. No último domingo (31), um trabalhador da Reduc entrou para as estatísticas de acidente de trabalho. Um técnico de operação pleno estava fazendo um procedimento de medição no tanque de estocagem de lubrificantes quando o teto cedeu e ele acabou caindo. Neste momento, estão esvaziando o tanque para encontrar o corpo do trabalhador. As informações estão sendo repassadas às nossas entidades pelo cipista da Reduc Marcello Bernardo, que também é membro da oposição à atual direção do Sindipetro-Caxias.
A ausência de uma política de segurança efetiva dentro da companhia tem gerado dor e revolta. Novamente, de forma trágica se expõe uma dura realidade: para garantir produção e lucro ao menor custo possível não se hesita em precarizar a segurança das unidades, dos trabalhadores e das comunidades afetadas pelas atividades da empresa.
O Sindipetro-LP há anos vem lutando contra esse descaso da empresa e a greve dos 23 dias realizada em março de 2011, pelos trabalhadores da UTGCA, em Caraguatatuba, e das plataformas de Mexilhão e Merluza, é apenas um exemplo. As lutas recentes na RPBC e Tebar pelo aumento de efetivo também envolveu a garantia de condições mais seguras de trabalho.
Na última semana também denunciamos, através do boletim “Vidas em risco”, a situação alarmante que vivem os trabalhadores da RPBC. Acidentes e vazamentos vêm se tornando prática comum na unidade. Não por acaso, diversos trabalhadores vivem constantemente sob apreensão.
Quantos acidentes serão necessários para que a gerência da empresa perceba que o lucro não está acima da vida? Por quantos anos ainda irá perdurar a lógica de os trabalhadores são apenas matrículas para a alta diretoria e acionistas? E, infelizmente, essa realidade não se reduz à Petrobrás. No último dia 28, uma explosão na caldeira da Heineken de Jacareí causou a morte de 4 trabalhadores até agora. A ganância mata!
Basta de mortes no Sistema Petrobrás!