Greve
Na última sexta-feira (13/11) às 19h51, a Petrobrás enviou um ofício (clique aqui) para a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) com a minuta do Acordo Coletivo revisada e com reinclusão de algumas cláusulas. Isso demonstra mais uma vez que estávamos certos quando afirmamos que os negociadores não garantem o que escrevem, nem o que falam (vide matéria, clique aqui). Por isso, nos posicionamos na própria 6ª feira e durante a reunião com a categoria no final da tarde, que o documento de ACT enviado pela manhã deste mesmo dia continha muitos problemas.
O envio deste documento “revisado” ratifica a crítica que fizemos à Companhia de que a proposta de ACT 2015-2017 não condiz com o ACT 2013-2015, tal como ela assegurou em negociação. Mais uma vez alertamos que não podemos dar “cheque em branco” para os negociadores, tal como a direção da FUP fez. Como confiar em uma Federação que induziu a categoria a votar pelo fim de um movimento grevista pautado em uma proposta de Acordo Coletivo errada? Além disso, a revisão feita por parte da Companhia só demonstrou que ela admitiu o quão conturbado está à postura da empresa para com os petroleiros.
Diante desta trapalhada da empresa, reiteramos a necessidade de uma avaliação minuciosa pelo nosso Departamento Jurídico baseada na última versão do ACT enviada pela Companhia no dia 13/11 à noite. Não é correto colocar os direitos dos trabalhadores em pauta sem que eles estejam realmente esclarecidos sobre o que é proposto.
Por fim, reafirmamos, também, que sem a correção das obscuridades nas clausulas sociais, sem a segurança de que os dias parados não serão descontados e sem a garantia de que não haverá punições, sem estes termos, não temos condições de indicar para a categoria uma resolução satisfatória da nossa greve.