Petrobrás mente na mesa de negociação sobre os dias parados

ACT

Revoltante! Essa é a palavra que resume o sentimento diante da postura da empresa nesta quinta-feira (12). Ontem, durante negociação com a FNP, os representantes da Companhia afirmaram que a proposta da empresa para os dias parados era abona-los em 50%, com os 50% restantes sendo compensados pelos trabalhadores (ou desconto conforme o interesse do trabalhador).

No entanto, menos de 24 horas depois, ao cobrar a formalização da proposta da empresa para os dias parados (leia nosso ofício), a companhia desrespeita os trabalhadores ao enviar como resposta ofício (leia aqui) informando que a empresa “oferece” para os dias parados 50% de desconto e 50% de compensação. Nada de abono! Acabamos de enviar novo ofício (leia aqui) exigindo uma resposta para essa “mudança” repentina.

Diante disso, não podemos chegar a outra conclusão: na figura de seus gerentes, a Petrobrás mente aos trabalhadores e desrespeita as representações sindicais.

Cabe esclarecer ainda que desde o início exigimos o abono integral dos dias parados, pois o atraso na negociação e a consequente deflagração da greve se deu por responsabilidade da própria companhia, que tratou com desprezo as reivindicações da categoria.

Além disso, ainda insiste que em interferir na organização sindical estabelecendo que nossa greve começou apenas no dia 29 de outubro, quando, na verdade, estamos parados, integral ou parcialmente, desde o dia 24 de setembro, conforme aprovado em assembleias e comunicado à empresa, tudo dentro da legislação vigente.

Mais uma vez, quando completamos nas bases da FNP quinze dias de greve, presidente da companhia Aldemir Bendine desafia a categoria à intensificar ainda mais a mobilização.

Assembleia
Diante da nova proposta da empresa, parte da categoria tem questionado a direção do Sindicato sobre a data da próxima assembleia. Aos companheiros, informamos que em breve divulgaremos a data. Para tal, lembramos de um ponto importante, já cobrado pela FNP à direção da empresa, que é a necessidade de ter em mãos a proposta da companhia na íntegra.

Ou seja, exigimos da empresa todas as cláusulas e redação completa do que seria o novo ACT para que o nosso Departamento Jurídico possa fazer uma avaliação minuciosa. E, assim, a categoria ter todos os elementos necessários para fazer a sua avaliação. Sem isso não há como realizar a assembleia, seria um tiro no escuro.

Este item é fundamental para que a categoria não discuta uma proposta cheia de pegadinhas. A categoria já enfrentou este problema em outras campanhas. Nesta, acabamos de receber da empresa uma tentativa de enganar os trabalhadores sobre os dias parados. Afinal, o que é dito pelos gestores na negociação não tem valor? Palavras ao vento?

A categoria saberá responder a este desrespeito: a greve continua!