Petroleiros chegam ao 14º dia de greve nas bases da FNP

ACT

Rio de Janeiro
Os trabalhadores de turno do CENPES/CIPD continuam em corte de rendição, aderindo à greve. Funcionários do Administrativo também fortaleceram o movimento. Durante a tarde de terça (11), dirigentes do Sindipetro-RJ e uma comissão de trabalhadores negociou com as gerências do CENPES e do RBG a formação de equipe de contingência e a redução de utilidades.

No TABG, a greve continua forte. Os trabalhadores seguem no controle e acompanhamento das atividades. No TBIG, em Angra dos Reis, a greve está forte com adesão de 80% no turno, quase 100% na manutenção e muito apoio no administrativo. O terminal está operando de forma irregular e insegura, com 2 grupos se revezando de 12 em 12 horas, utilizando pessoas em desvio de função e sem habilitação para desenvolver as atividades em curso. Em condições normais, o trabalho é desenvolvido por 5 grupos com escala de 8 horas.

São José dos Campos
Os petroleiros da Revap seguem fazendo piquete e cortes de rendição dos turnos. O assédio e terrorismo, por parte da gerência da unidade, aumentaram drasticamente. Agora eles usam grupos de bate papo no whatss app para pressionar os grevistas e mesmo assim alguns trabalhadores do adm permanecem de braços cruzados. No Terminal Transpetro de Taubaté foi realizado, na manhã de hoje, atraso de uma hora.

Litoral Paulista
O dia em Cubatão começou com a concentração de dezenas de petroleiros de base na Refinaria de Cubatão, onde a greve segue com adesão de 100% no turno e 90% no ADM, número semelhante na UTE Euzébio Rocha. O tradicional piquete se transformou em concentração para o ato marcado às 11 horas na Prefeitura em defesa do emprego na Usiminas. Parte dos trabalhadores terceirizados da RPBC atrasou o expediente em mais de três horas, ouvindo os informes do Sindicato. Por volta das 9h30, Sindicato e trabalhadores saíram em caminhada rumo ao Paço Municipal, onde se encontraram com cerca de mil pessoas – entre moradores e ativistas de quase 50 entidades sindicais.

Os trabalhadores da UTGCA e dirigentes sindicais comemoram a vitória judicial, expedida na noite de ontem (10), pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), de São Paulo. A decisão, tomada após ação do departamento Jurídico do Sindipetro-LP, derrubou as liminares da Petrobrás que impediam o livre exercício de greve da categoria, incluindo o piquete na frente da unidade e o trabalho de convencimento junto aos motoristas de caminhão que vinham garantindo a interrupção do carregamento de GLP e C5+ na unidade. A greve na unidade segue forte. A adesão é de 100% da operação, 100% dos técnicos de manutenção sobreaviso e 70% no ADM (manutenção e SMS).

No Terminal Marítimo Almirante Barroso (Tebar), em São Sebastião, os grevistas também seguem de prontidão em todos os portões da unidade. A greve continua forte no terminal com 100% de adesão dos trabalhadores do turno e supervisão de turno e 90% Manutenção e ADM.

No Terminal da Alemoa, em Santos, a unidade continua nas mãos do grupo de contingência e com total adesão do Turno e ADM. As plataformas de Mexilhão e Merluza continuam sendo operadas pelo grupo de contingência, com os trabalhadores em terra realizando novamente ato no Aeroporto de Itanhaém. No Terminal de Pilões, em Cubatão, o ADM segue com 90% de adesão e o grupo de turno com 80%.

Alagoas/Sergipe
Em Alagoas, as atividades no setor de produção continuam praticamente paradas. As equipes de contingência formadas por gerentes e supervisores ainda mantém os serviços essenciais funcionando. Trabalhadores em greve ocuparam a balança de pesagem de caminhões de álcool na unidade da Transpetro-AL. O ato foi feito em sinal de protesto contra a gerência local que está utilizando trabalhadores terceirizados nas atividades fins da empresa. O Sindipetro AL/SE vai acionar o Departamento Jurídico para coibir essa irregularidade.

No Tecarmo, os trabalhadores seguem fortes na luta, com adesão de 80% do quadro próprio. No Pólo Atalaia (Tecarmo), a UPGN está parada.

Na FAFEN, Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados de Sergipe, os trabalhadores aderiram 100%, exceto por um contingente mínimo da empresa de fura greve.

Na Fafen-SE, a produção de sulfato de amônia da fábrica está suspensa e a produção de amônia foi reduzida e a venda está parada. Na Sede, a mobilização continua com adesão superior a 90% do adm. Nas plataformas em Aracaju, 100% da operação até o momento aderiu ao movimento. As plataformas que seguem com liberação de serviços são para manter segurança operacional. No campo de Camorim, de dez plataformas, apenas um poço está em operação.

Em Guaricema, de seis plataformas, quatro poços continuam funcionando. No campo de Caioba, onde concentram quatro plataformas, não houve fechamento de poços e a produção continua normalmente.

As estações de Entre Rios, Nova Magalhães, Jericó, Mercês e Panelas estão fechadas, com todos os poços parados. O Pólo de Gás com Unidade de Dessulfurização está parado e mantendo o flare aceso. As estações de Oiterinhos-1, Oiterinhos-2, Saquinho e Santa Bárbara operam precariamente com produção reduzida.

A Estação de Injeção de Água está operando só com água doce. Bombas de injeção de água salgada estão paradas. Bom Sucesso operando com apenas um filtro, provavelmente para manter a vazão para a Vale. A única área da UO-SE/AL produzindo normalmente é Riachuelo.

Jordão está sendo operada pelo supervisor, um engenheiro e um operador que ninguém sabe de qual unidade vieram. Sítio Novo e Mato Grosso estão sendo operadas apenas por um supervisor e um operador pelego. Todas as três estão com a produção reduzida.

Em Siririzinho 1 e Siririzinho 2 a produção está levemente reduzida. Em Castanhal, todos os poços estão parados e a estação fechada. Dos seis geradores de vapor que estavam operando no início da greve, agora só operam três.

Um supervisor da Transpetro, em Sergipe, entregou o cargo e aderiu à greve. Na sede, em Aracaju, chegou o interdito proibitório. A categoria decidiu realizar um ato amanhã na frente da Sede, seguido de passeata pelas ruas de Aracaju.

Pará/Amazonas/Maranhão/Amapá
Na Amazônia continua a greve por tempo Indeterminado na Transpetro Belém (PA), São Luis (MA), Sede Belém e Manaus (AM), província petrolífera de Urucu e PEA (AM). Logo pela manhã, no aeroporto Eduardinho, no Amazonas, dirigentes e petroleiros em greve convenceram trabalhadores a não embarcar para o campo de Urucu.