Petrobrás promete apresentar contraproposta aos petroleiros até dia 11

A maior greve dos petroleiros, desde 1995, continua firme. Mas as negociações ainda não conseguiram avançar.

ACT

Foram mais de quatro horas em torno de uma mesa, num encontro que se estendeu de 16h às 20h15, mas nenhuma novidade foi apresentada pelos negociadores da empresa à representação da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). No entanto, o RH da companhia assumiu o compromisso de apresentar uma contraproposta até quarta-feira, 11, prometendo se debruçar sobre a pauta dos trabalhadores, item por item. Enquanto isso, a greve continua.

Mais uma vez os sindicalistas reiteraram as reivindicações apresentadas desde julho! A categoria não aceita redução de direitos. O índice econômico calculado pelo Diese, incluindo reposição da inflação e produtividade, é de 18%. Ficou claro que não cabe aos trabalhadores petroleiros pagar por uma crise que não produziram. Os salários representam em torno de 4% do faturamento da Petrobrás, o equivalente à metade do que gastam suas concorrentes.

Práticas antissindicais, inúmeras situações de assédio moral, a presença de policiais nas unidades e até na porta do Sindipetro-RJ foram severamente criticados pelos trabalhadores. Os negociadores da empresa também foram alertados que nenhum punição será aceita, caso se caminhe para um entendimento.

Nenhum direito a menos e não à venda de ativos são os eixos centrais das reivindicações. Sobre o benefício farmácia, o RH garantiu que “estará garantido às doenças crônicas e que se buscará uma fórmula para os demais casos”. A Petros estaria tentando “uma solução jurídica” para o pleito de parte dos aposentados (cerca de 4 mil) que foram excluídos de um benefício estendido aos demais.

Fonte: Agência Petroleira de Notícias