Afinal, o que está faltando para supervisores, eventuais e comissionados se unirem aos petroleiros que lutam pela dignidade e futuro da categoria, familiares e da nação?
1) Será que concordam que o trabalhador que bateu recordes sucessivos tem que pagar a conta destes desmandos ou o que resta de suas consciências sugere isso?
2) Será que são tão mercenários a ponto de vender hoje as horas extras de amanhã?
3) Será que são tão ingênuos a ponto de crer que vale a pena acelerar a carreira hoje mesmo que não haja Petrobrás amanhã? Não é suficiente o exemplo da Cosipa?
4) Será que acreditam que serão compensados de alguma forma pela precarização ou perda de benefícios como a AMS, assistência odontológica, farmácia, educação, creche, etc, ou que eles e seus dependentes nunca precisarão disso no futuro?
5) Será que eventuais de eventuais supõem que o status do cargo ou a promessa dele vale a pena por todo o constrangimento de ter que abaixar os olhos quando saírem com seus filhos e encontrarem trabalhadores que estão lutando por eles?
6) Será que não perceberam que a maior autoridade de turno voltará a ser peão a um estalar de dedos depois de muitos anos na função se seu gerente assim o desejar?
7) Será que não percebem que não estão sendo fiéis à empresa, mas à corja que a colocou nesta situação e quem realmente está lutando pela Petrobrás somos nós?
8) Será que são tão covardes a ponto entregar o futuro hoje pelo medo de perde-lo amanhã?
9) Será que acham que alguém que luta por eles vai aceitar tantos ataques e se sujeitar a tudo isso?
10) Enfim, será que conseguem dormir e olhar nos olhos dos seus filhos com a convicção de que está educando pelo exemplo?
Esperamos que esses colegas de trabalho não recorram ao caminho mais fácil, tristemente covarde e individualista: daqui a alguns anos, já aposentado, se associar ao Sindicato para conseguir com nosso Jurídico alguma ação contra a Petrobrás. A luta é para agora, amanhã pode ser tarde demais.