Petroleiros do Litoral Paulista aprovam greve a partir do dia 29

Na sexta-feira (30), categoria realiza nova assembleia para avaliar o cenário nacional e continuidade da mobilização

Por ampla maioria de votos, os petroleiros do Litoral Paulista aprovaram o indicativo da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) de greve a partir da próxima quinta-feira (29). A decisão ocorreu na noite desta segunda-feira (26) em assembleia realizada na sede, em Santos, sub-sede, em São Sebastião, e plataformas de Merluza e Mexilhão.

Na próxima sexta-feira (30), com 1ª chamada às 18 horas e 2º chamada às 18h30, a categoria tem nova assembleia para avaliar a continuidade da mobilização. Uma hora antes, às 17 horas, os cinco sindicatos da FNP irão se reunir para fazer um balanço das mobilizações e repassar à categoria. Os petroleiros da UTGCA iniciam a assembleia às 19h30, em primeira chamada, e às 20 horas, em segunda chamada.

Durante a assembleia surgiram outras duas propostas. A primeira delas sugeria greve de 24 horas no dia 29 e a segunda tinha como sugestão a realização de uma assembleia no dia 29 para avaliar o cenário nacional e somente a partir deste mapa definir pela adesão ou não à greve. No entanto, como o indicativo da FNP foi aprovado por ampla maioria, não foi necessário colocá-las em votação.

GREVE A SERVIÇO DA UNIDADE NACIONAL! Um dos questionamentos que surgiu na assembleia foi sobre a força de uma greve a partir das bases da FNP. Alguns companheiros alertaram para a necessidade de se construir uma mobilização nacional, que envolva os petroleiros dos 17 sindipetros.

Em primeiro lugar, gostaríamos de afirmar que temos acordo com esses companheiros: a unidade nacional da categoria é a saída para derrotar a venda de ativos e conquistar um ACT digno. Neste sentido, opinamos que a deflagração de uma greve a partir das bases da FNP, que representam quase 50% da força de trabalho direta da Companhia, ajuda a construir esta unidade. Entretanto, não mais somente através das conversas com as demais direções do movimento sindical petroleiro, mas principalmente através da base e do avanço da mobilização.

Como a campanha entra em uma fase decisiva, não nos permitindo vacilações, as mobilizações realizadas até aqui precisam avançar. Para nós, uma greve a partir das bases da FNP pode estimular as demais bases a também entrar na luta. Não é uma tarefa fácil, porém é possível e necessária.

A greve dos bancários e dos Correios nos dão um ensinamento muito claro: somente a luta pode forçar a Companhia a apresentar uma proposta que atenda nossas reivindicações.

O que está em jogo não é apenas reajuste, são nossos empregos, o futuro da empresa e do país. A venda de ativos está desmontando a companhia. Já gerou a demissão de mais de 100 mil terceirizados, a venda de quase metade da Gaspetro, a venda de 25% das ações da BR. Os próximos ativos na mira, para serem entregues à iniciativa privada, são as termelétricas. E seguem os leilões do pré-sal!

A HORA É AGORA! Em defesa da Petrobrás, nenhum direito a menos!

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