Exatamente à meia-noite, com corte de rendição no turno da REVAP, em São José dos Campos, foi iniciada a Jornada Unitária de Lutas nesta terça-feira (13) – ação conjunta organizada pelos Sindipetros Litoral Paulista, São José dos Campos e Unificado SP que promete se estender para outras regiões do país.
No Litoral Paulista, a mobilização envolveu RPBC/UTE Euzébio Rocha, Alemoa, Pilões, UTGCA, Tebar e Aeroporto de Itanhaém. Em Santos, no terminal Alemoa, houve atraso de duas horas no turno e ADM, com forte adesão, inclusive dos petroleiros terceirizados. Na UTGCA, em Caraguatatuba, também foi realizado atraso de duas horas com 100% adesão no turno e 50% no ADM. Em Pilões, Cubatão, o atraso envolveu ADM e Turno das 7 às 9 horas, com adesão de 100%. Na RPBC/UTE Euzébio Rocha, atraso de duas horas na entrada do turno das 15h. No Tebar, em São Sebastião, atraso de duas horas no turno das 16h.
Já no Aeroporto de Itanhaém, os dirigentes sindicais aproveitaram os embarques e desembarques das plataformas de Merluza e Mexilhão para conversar com os trabalhadores e explicar os principais objetivos do movimento, que se enfrenta com a “proposta” de ACT da direção da empresa e com a venda de ativos, que aprofunda a privatização da Petrobrás. Nas plataformas de Merluza e Mexilhão, seguem os atrasos na parte da manhã, seguidos de operação padrão ao longo do dia.
Cabe ressaltar que as mobilizações no Litoral Paulista vem sendo realizados sistematicamente. No sábado (10), houve corte de rendição no turno e parada de manutenção da RPBC/UTE Euzébio Rocha, e na última segunda-feira (12) houve corte de rendição na Alemoa.
Nas bases do Sindipetro Unificado, as mobilizações foram realizadas nos terminais da Transpetro com corte de rendição em Ribeirão Preto (SP), Uberaba (MG), Senador Canedo (GO) e Terminal Brasília. A adesão foi de praticamente 100% dos trabalhadores do ADM e turno, de acordo com o Sindicato.
Na base do Sindipetro-SJC, que inaugurou a jornada, na manhã desta terça-feira os trabalhadores da REVAP e do Terminal Taubaté definiram, em assembleia, por atraso de uma hora na entrada do expediente.
Adesão dos Sindipetros Alagoas/Sergipe, Ceará/Piauí, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro Nesta terça-feira, por exemplo, os petroleiros da base do Sindipetro Alagoas/Sergipe se incorporaram à jornada com greve de 24 horas na Fafen. A adesão, que envolveu também os terceirizados, foi de 100% no ADM e no turno foi apenas negociada a troca de trabalhadores com mais de 16h dentro da unidade.
No Rio Grande do Norte, onde o Sindicato já emitiu nota oficial (clique aqui e leia) anunciando sua adesão à jornada, as mobilizações devem começar a partir desta quarta-feira (14). Na base do Sindipetro CE/PI, o Sindicato realiza atividades amanhã e dia 20. Já no Rio de Janeiro, estão programados para quarta-feira (14) atraso no CENPES e assembleia TABG para definir aprovação ou não de corte de rendição.
Construir a greve nacional de petroleiros A Jornada Unitária de Lutas é uma vitória da categoria e da mobilização que realizamos há mais de duas semanas. Por um lado, demonstra a capacidade de luta dos petroleiros e, por outro, que é possível – apesar das divergências que existem nas direções sindicais – a unidade na luta.
Por diversas vezes, ouvimos muitos questionamentos dos trabalhadores sobre o cenário nacional, sobre a unidade dos sindicatos. Uma preocupação legítima, até mesmo porque a empresa vem ventilando informações falsas sobre o movimento. Na semana passada, quando mobilizamos todas as unidades, ainda assim a empresa insistia em circular a informação de que apenas Alemoa e RPBC estavam mobilizadas. Claramente, uma tentativa de enfraquecer a luta.
Por tudo isso, a consolidação desta jornada é um primeiro passo fundamental para a construção de uma greve nacional da categoria. Chamamos os petroleiros e petroleiras de todo o Brasil a se incorporarem à jornada, reivindicando de suas direções a adesão à luta. Que o exemplo dos Sindipetros Alagoas/Sergipe, Rio Grande do Norte e Ceará/Piauí, que já confirmaram sua adesão à jornada, se espalhe por todo o país!
Em defesa da Petrobrás, contra a entrega do pré-sal e por um ACT digno: nenhum direito a menos! Construir a greve nacional de petroleiros!
Matéria atualizada às 15h20
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