Litoral Paulista e bases da FNP dão sequência aos atrasos

Iniciado no último dia 24 de setembro, com a adesão das bases da FNP, o movimento dos petroleiros do Litoral Paulista atravessou o fim de semana sem cessar e segue no início desta semana, completando cinco dias ininterruptos de mobilização permanente nesta segunda-feira (28)

RPBC e UTE Euzébio Rocha, em Cubatão, Terminal Alemoa, em Santos e UTGCA, em Caraguatatuba, não interromperam em nenhum turno os atrasos de duas horas. No terminal Pilões, em Cubatão, os atrasos foram retomados na manhã desta segunda-feira. No Tebar, em São Sebastião, o movimento voltou a atingir a unidade com corte de rendição no turno na manhã desta segunda. Na UTGCA, o atraso desta segunda também atingiu os petroleiros do regime administrativo.

Na Plataforma de Merluza, na Bacia de Santos, os petroleiros tem mantido a mobilização das 6h às 9h, totalizando três horas sem executar nenhuma tarefa. A operação não libera PT´s e a manutenção não executa nenhuma tarefa sem PT. Os embarcados estão seguindo a operação padrão o dia inteiro.

QUADRO NACIONAL Rio de Janeiro No Rio de Janeiro, o movimento foi retomado na manhã desta segunda-feira, com atraso de uma hora no TABG. Na quarta e sexta-feira, estão previstos novos atrasos nos turnos da unidade ainda não atingidos pelo movimento.

PA/AM/MA/AP Na Petrobrás Regional Norte (UO-AM) e Porto Encontro das Águas (PEA) os trabalhadores realizaram três horas de paralisação. Transpetro Belém, corte de rendição e paralisação de duas horas no turno e ADM. Na Província Petrolífera de Urucu (AM) houve suspensão da emissão de PTs e paralisação de três horas. Todas as bases da Amazônia seguem em estado de greve, com avaliação diária das mobilizações nacionais.

Alagoas/Sergipe Em Sergipe, após as paralisações nos dias 24 e 25, a direção do Sindicato definiu pela realização de reuniões setoriais com a categoria. Nesta segunda-feira, os diretores passam pelas unidades de Atalaia, Sede, Carmópolis e Fafen, conversando com cada setor das bases. Em Alagoas, as setoriais continuam em Pilar e Furado. Em AL/SE, a categoria tem cobrado a participação nos atrasos das bases da FUP. Em Carmópolis, a diretoria se reuniu com trabalhadores das empresas terceirizadas, que têm data base em setembro, no intuito de construir uma mobilização unificada. As empresas têm apresentado propostas rebaixadas para os trabalhadores terceirizados e assim como a Petrobrás, querem dar reajuste salarial abaixo de 6%. Os cortes nos empregos também continuam em Sergipe. Nesta segunda, a empresa Saraiva, prestadora de serviços da Petrobrás, demitiu 40 trabalhadores, dando sequência ao plano de desinvestimento da companhia. As setoriais continuam até o dia 30, quando a direção da FNP se reúne para tratar dos próximos passos das mobilizações. São José dos Campos Em São José dos Campos, onde houve mobilização na REVAP e Transpetro Taubaté semana passada com atrasos, o movimento é retomado no turno das 15 horas da REVAP nesta segunda-feira.

Para os trabalhadores terceirizados, as empresas têm apresentado propostas rebaixadas, como a da Petrobrás, com reajuste salarial abaixo de 6%. Os cortes nos empregos também continuam em Sergipe. Nesta segunda, a empresa Saraiva, prestadora de serviços da Petrobrás, demitiu 40 trabalhadores, dando sequencia ao plano de desinvestimento da companhia.
As setoriais continuam até o dia 30, quando as direções sindicais se reúnem com a FNP, para tratar dos próximos passos das mobilizações.
EM DEFESA DA PETROBRÁS, NENHUM DIREITO A MENOS A disposição da categoria em lutar contra o Plano de Negócios e Gestão da empresa, que se apresenta com um duro ataque ao patrimônio da Petrobrás e aos direitos da categoria, é muito grande.

O clima durante os atrasos tem sido de indignação, somada à constatação de que é preciso se mobilizar nacionalmente - com a união de todos os trabalhadores do Sistema Petrobrás - para derrotar o plano de privatização da companhia e o sucateamento de nossos direitos, que fazem parte de um mesmo projeto: jogar nas costas dos trabalhadores a conta da crise. Afinal, os privilégios, regalias e altos salários dos gerentes e diretores seguem intactos. Se há necessidade de ajuste e sacrifício, como vende a empresa à força de trabalho, por que só no bolso do peão? De uma só vez, sob o pretexto da crise, querem entregar a Petrobrás ao mercado internacional e retirar direitos históricos.

Neste sentido, tem sido muito importante as conversas travadas com todos os trabalhadores, do administrativo ao turno, sobre qual a melhor forma de articular a mobilização. Quais estratégias usar? Qual a forma mais efetiva de pressionar a companhia? São perguntas para as quais muitos companheiros e companheiras dedicaram atenção especial, com contribuições importantes.

ASSEMBLEIA Por isso, é muito importante que a gente tenha casa cheia amanhã, terça-feira (29/09), na Assembleia de avaliação do movimento e da campanha em defesa da Petrobrás, contra a retirada de direitos.

A assembleia será na sede e sub-sede do Sindicato, com primeira chamada às 17h30 e segunda chamada às 18h. Aos petroleiros da UTGCA, a primeira chamada será às 19h e segunda chamada às 19h30. Compareça, traga mais um companheiro de trabalho e ajude a definir os rumos do nosso destino.

Abaixo, fotos dos atrasos nas bases do Litoral Paulista desde o fim de semana [gallery link="file" order="DESC" orderby="ID"]