Todos à assembleia dia 29, terça! Avaliação da mobilização e da campanha do ACT

Iniciado na última quinta-feira (24/09), o movimento puxado pelas bases da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) demonstra a enorme disposição de luta da categoria para se enfrentar com o Plano de Negócios e Gestão da Petrobrás, que de uma só vez tenta desmontar o patrimônio da empresa e direitos históricos da categoria.

Nas unidades do Litoral Paulista, fizemos (e continuamos fazendo) atrasos em todas as unidades. RPBC, terminais Pilões e Alemoa, plataformas de Merluza e Mexilhão, Edisa Valongo, UTGCA e Tebar, enfim, os dirigentes do Sindipetro-LP estão aproveitando cada minuto do movimento de atraso para alertar a categoria sobre a necessidade de uma resposta à altura dos ataques.

E, felizmente, a recepção em cada unidade tem sido muito positiva. Diversos trabalhadores vêm apresentando sugestões de mobilização, indicando estratégias de luta, se colocando de fato como protagonistas do movimento. Afinal, é o que afirmamos sempre, diretor não faz movimento, é a categoria quem faz!

Por isso, ganha fundamental importância a assembleia que o Sindicato realizará na próxima terça-feira (29/09), na sede e sub-sede do Sindicato, com primeira chamada às 17h30 e segunda chamada às 18h. Aos petroleiros da UTGCA, a primeira chamada será às 19h e segunda chamada às 19h30 Vamos avaliar a mobilização e discutir a campanha. Queremos que mais uma vez, como aconteceu na assembleia de 22 de setembro, a casa fique cheia. Foram quase 500 petroleiros discutindo e deliberando, democraticamente, os rumos de nossa luta. É preciso que todas essas opiniões sejam discutidas coletivamente. E, o mais importante, no espaço que de fato irá definir os próximos passos: a assembleia!

Em defesa da Petrobrás, nenhum direito a menos! Nossos direitos, nossa empresa e as riquezas do país estão em perigo – numa tacada só. Ou seja, na prática não existem duas lutas distintas – uma econômica/social e outra política. As duas se combinam porque fazem parte de um mesmo objetivo da direção da empresa: aproveitar o período de crise para aplicar um ataque sem precedentes: de uma só vez, desmontar o patrimônio da Petrobrás e direitos históricos dos petroleiros.

O ajuste fiscal do governo federal recai sobre a categoria petroleira através do Plano de Negócios e Gestão 2015-2019, que pretende economizar com a venda de ativos (privatização) e retirada de direitos mais de US$ 57 bilhões. Parte da BR Distribuidora (25%) já foi colocada à venda, a Gaspetro (49%) é a bola da vez e o pré-sal vive o perigo de ser entregue por completo às multinacionais estrangeiras, caso o projeto de José Serra que altera o regime de partilha para concessão seja aprovado.

Por isso, reafirmamos: se os ataques são enormes, a resposta também deve ser. Precisamos construir uma greve nacional e unificada que envolva todos os trabalhadores do Sistema Petrobrás, se espalhando por todas as bases. Rumo à greve nacional unificada em defesa da Petrobrás, contra a retirada de direitos!