Caminhada em defesa da Petrobrás leva quase 400 pessoas às ruas de Santos

Mesmo debaixo de forte chuva, a caminhada organizada pelo Sindipetro-LP no último domingo (13) foi um sucesso. Com a participação de petroleiros, amigos, familiares e ativistas de diversas organizações, cerca de 400 pessoas ocuparam a Avenida Conselheiro Nébias, em Santos. A concentração, que contou com distribuição de camisetas, adesivos e botins alusivos à luta contra o desinvestimento da Petrobrás e a entrega do pré-sal, também contou com o som da garotada do Instituto Arte no Dique. Mais uma vez, foi colocada na ordem do dia a defesa de uma Petrobrás 100% Estatal, com o monopólio do petróleo, inclusive como parte da luta contra a corrupção que atingiu a alta cúpula da companhia. Esta é a saída para garantir uma companhia livre das mãos do mercado e de suas empreiteiras corruptoras, uma companhia alinhada com os interesses do país e que seja capaz de fornecer recursos não só para a retomada do crescimento e da geração de empregos, mas também para investimentos em saúde, educação e transporte, por exemplo. "Nós temos que lutar para que haja a retomada do desenvolvimento nacional, a retomada dos investimentos, que passa pela geração de empregos. É justamente isso o que estamos fazendo aqui, defendendo o emprego da população brasileira, porque a Petrobrás é a locomotiva deste país", afirmou César Augusto, diretor do Sindipetro-LP, durante a caminhada.

"Essa manifestação se enfrenta com todas as políticas implementadas pelo governo que hoje prejudicam diretamente os trabalhadores. Temos mais de 80 mil petroleiros terceirizados demitidos. Companheiros de inúmeras obras e contratos que foram encerrados, que estavam no Comperj (RJ), no Recife, Urucu, Rnest, em vários locais... companheiros que são das áreas de transporte, manutenção, operação, construção civil, estão desempregados. E esta política de desemprego não está restrita apenas aos petroleiros terceirizados. São vários os setores. Por isso, construir uma ampla mobilização unificada de toda a classe trabalhadora é uma necessidade", ressaltou Clarckson Nascimento, da FNP e Sindipetro-AL/SE.

"Foi um domingo de chuva, de frio, mas também um domingo histórico, pois marcou uma iniciativa importante contra a privatização de um dos maiores patrimônios de nosso país. Nós temos uma responsabilidade muito grande, pois o que vem pela frente, os ataques no ACT, na venda de ativos, desinvestimento, revela que se vinte anos atrás tínhamos uma grande necessidade de unificação dos sindicatos e movimentos, hoje essa necessidade é ainda maior", comentou Adaedson Costa, coordenador-geral do Sindipetro-LP e secretário-geral da FNP. "Por isso, convoco todas as entidades, sindicatos, federações, para que juntos façamos uma grande campanha em defesa da Petrobrás".

Para Fábio Mello, diretor do Sindipetro-LP, "foi um pequeno passo de muitos que virão em defesa da Petrobrás, contra a política entreguista que está em curso na forma de desinvestimento e entrega do pré-sal. O petróleo é uma riqueza que pode fazer com que o país saia do patamar atual de país sub-desenvolvido para um país com qualidade de vida. Os governos passam, o petróleo fica. Este é o recado que passamos à população santista. Esta é nossa luta. E outros atos virão".

O Sindipetro-LP agradece a participação dos petroleiros e petroleiras presentes, dos amigos e familiares que se incorporaram à luta. E também agrade a grande demonstração de solidariedade de classe de todas as organizações presentes. Federação Nacional dos Petroleiros, Sindipetro-SJC, Sindipetro-RJ, Sindipetro-AL/SE, Sindipetro PA/AM/MA/AP, Oposição A Base Presente (SP), Sindipetro Unificado SP, Sindicato dos Jornalistas da Região, Sindicato dos Servidores de Santos, Sindicato dos Bancários da Região, APEOESP Baixada Santista, CSP-Conlutas, Intersindical, Assembleia Nacional dos Estudantes, Movimento Mulheres em Luta (MML), DAP (Diálogo e Ação Petista), PSTU, Sindminérios, Sintapi e Sindilimpeza.

[gallery link="file" order="DESC" orderby="ID"]