Sindicato e aprovados no concurso 2014.2 articulam luta por contratação imediata

Na tarde da última terça-feira (25), Sindipetro-LP e aprovados no concurso 2014.2 se reuniram para debater e articular ações conjuntas para garantir a imediata contratação desses trabalhadores. A reunião acontece na sede da entidade, em Santos.

Esta luta, que já ganhou dimensão nacional, tem uma importância estratégica para a categoria. E por uma razão simples: garantir que as unidades operem com efetivo coerente com os critérios de segurança que a própria empresa estabelece e, infelizmente, fica apenas no papel.

Um dos maiores sintomas do quadro reduzido em todo o Sistema Petrobrás são as inúmeras dobras e acúmulo de hora-extra dos trabalhadores próprios, somadas à terceirização desenfreada na companhia, inclusive em atividades-fim.

Como encaminhamentos práticos do encontro, ficaram definidas algumas ações. Dentre elas, a realização de um estudo que aponte a necessidade de reposição dos quadros nas áreas para as quais os aprovados foram destacados; levantamento do número de terceirizados que possam estar cumprindo a mesma função que trabalhadores próprios; e uma nova reunião, que deve ser realizada mensalmente.

Além disso, todos os aprovados presentes – que assistiram ao vídeo e receberam a cartilha sobre a crise da empresa, sob a ótica dos trabalhadores, se comprometeram a se envolver nas atividades do Sindicato. Sobretudo, a passeata que está sendo organizada pelo Sindicato para o dia 13 de setembro, um domingo (em breve, disponibilizaremos mais informações sobre este ato).

Mais do que uma ação de solidariedade a esses companheiros, a garantia da convocação dos aprovados é uma meta do sindicato para se enfrentar com o desinvestimento. Afinal, uma de suas bases é justamente o desmonte da força de trabalho com a redução da folha de pagamento através da redução do efetivo, da retirada de direitos, do aumento da terceirização e de demissões em massa de terceirizados. Portanto, a organização e a luta são necessárias para pressionar a gestão da empresa, o governo e as instituições do Estado.

Se entramos com mais trabalhadores concursados, com estabilidade, reforçamos o batalhão dentro da empresa em defesa da Petrobrás e da soberania do nosso país. Nesse sentido, a articulação nacional dos trabalhadores aprovados, com o apoio dos sindicatos, é fundamental.