Curso de análise de acidentes capacita diretoria para orientar petroleiros sobre segurança no trabalho

A diretoria do Sindipetro-LP, representada pelos diretores Fábio Santos e Fernando Duarte, participou de curso sobre análise de acidentes do trabalho em indústria do petróleo e petroquímica, nos dias 3, 4 e 5 de agosto, no prédio do Dieese, em São Paulo.
O curso, voltado para cipeiros, líderes sindicais e representantes de órgãos públicos que lidam com acidentes, chamou a atenção dos participantes para a forma como as empresas trabalham o tema ‘Segurança’. Ao analisarmos frases de segurança no trabalho, por exemplo, vemos que o foco está sempre no trabalhador, sendo tirado o foco na empresa.
As atividades durante os três dias foi coordenada pelo Dieese, em parceria com a USP e a Faculdade de Medicina da Unesp. Para os organizadores do curso, as empresas partem do princípio que existem normas que elas cumprem e o trabalhador deve se adaptar.
Fábio aponta algumas questões que não são consideradas pelas empresas, como por exemplo, se toda a informação que é passada ao trabalhador é de fato recebida.  As empresas também deixam de relacionar a política salarial e de cargos, aliada a suas metas de desempenho, que forçam atitudes para ações inseguras. “Não é óbvio que a relação entre mais trabalho e menos acidentes é impossível? Como operar equipamentos perigosos, em áreas de risco, com equipe ansiosa, reduzida, apressada e estressada não é um caminho para o desastre?”, questiona Fábio.
O curso mostrou que existem quatro eixos para entender um acidente: Entender o Trabalho, como funciona, o que aconteceu e como afetou a situação; Identificar as Barreiras, o que poderia ter impedido o acidente ou minimizado o dano; Entender as Mudanças: o que aconteceu de diferente (sistemas, procedimentos, emergências, fatores psicológicos) que pode ter criado condição base para o acidente?; Comportamento: Por que a pessoa agiu daquela forma?
Para os diretores do Sindipetro-LP existe um campo minado, onde somos culturalmente acostumados a deslocar-nos por ele, cada vez mais rápido, justamente porque as demandas por produtividade aumentam sempre.
Neste cenário surgem as figuras do herói, do funcionário que resolve tudo e assume riscos. Essa cultura força-nos a aceitar o campo minado como algo natural. Nas empresas, cortes de custos transformam gerentes em heróis.
Acidentes não acontecem por acaso
A causa de um acidente não deve ser atribuída a um trabalhador, mas a toda organização do trabalho. A competitividade, estimulada pelas empresas com política salarial de metas, acaba transformando condições inseguras em normais. Devemos lembrar que todo acidente tem uma história e que as normas não se autorregulam.
Além do Sindipetro-LP, participaram do curso lideranças sindicais do Sindipetro de São José dos Campos, unificado São Paulo, representantes de termoelétrica do Mato Grosso, Replan, Recap, lideranças do Sindiminérios da Baixada Santista, Metalúrgicos de Santos e das Cerest de São Bernardo do Campo e Santo André. Os participantes da atividade receberam diplomas, que tem validade como curso de extensão.
Após o curso, a diretoria do Sindipetro-LP pretende levar todas as questões levantadas nas atividades para serem discutidas com os trabalhadores, para gerar a indignação necessária para que as cobranças por segurança não partam apenas da empresa ao trabalhador, mas também pela via contrária, onde cada trabalhador, cipeiro ou não, questione as prioridades no trabalho, que deixam a segurança em segundo plano.

A diretoria do Sindipetro-LP, representada pelos diretores Fábio Santos e Fernando Duarte, participou de curso sobre análise de acidentes do trabalho em indústria do petróleo e petroquímica, nos dias 3, 4 e 5 de agosto, no prédio do Dieese, em São Paulo.

O curso, voltado para cipeiros, líderes sindicais e representantes de órgãos públicos que lidam com acidentes, chamou a atenção dos participantes para a forma como as empresas trabalham o tema ‘Segurança’. Ao analisarmos frases de segurança no trabalho, por exemplo, vemos que o foco está sempre no trabalhador, sendo tirado o foco na empresa.

As atividades durante os três dias foi coordenada pelo Dieese, em parceria com a USP e a Faculdade de Medicina da Unesp. Para os organizadores do curso, as empresas partem do princípio que existem normas que elas cumprem e o trabalhador deve se adaptar.

Fábio aponta algumas questões que não são consideradas pelas empresas, como por exemplo, se toda a informação que é passada ao trabalhador é de fato recebida.  As empresas também deixam de relacionar a política salarial e de cargos, aliada a suas metas de desempenho, que forçam atitudes para ações inseguras. “Não é óbvio que a relação entre mais trabalho e menos acidentes é impossível? Como operar equipamentos perigosos, em áreas de risco, com equipe ansiosa, reduzida, apressada e estressada não é um caminho para o desastre?”, questiona Fábio.

O curso mostrou que existem quatro eixos para entender um acidente: Entender o Trabalho, como funciona, o que aconteceu e como afetou a situação; Identificar as Barreiras, o que poderia ter impedido o acidente ou minimizado o dano; Entender as Mudanças: o que aconteceu de diferente (sistemas, procedimentos, emergências, fatores psicológicos) que pode ter criado condição base para o acidente?; Comportamento: Por que a pessoa agiu daquela forma?

Para os diretores do Sindipetro-LP existe um campo minado, onde somos culturalmente acostumados a deslocar-nos por ele, cada vez mais rápido, justamente porque as demandas por produtividade aumentam sempre.

Neste cenário surgem as figuras do herói, do funcionário que resolve tudo e assume riscos. Essa cultura força-nos a aceitar o campo minado como algo natural. Nas empresas, cortes de custos transformam gerentes em heróis.

Acidentes não acontecem por acaso A causa de um acidente não deve ser atribuída a um trabalhador, mas a toda organização do trabalho. A competitividade, estimulada pelas empresas com política salarial de metas, acaba transformando condições inseguras em normais. Devemos lembrar que todo acidente tem uma história e que as normas não se autorregulam.

Além do Sindipetro-LP, participaram do curso lideranças sindicais do Sindipetro de São José dos Campos, unificado São Paulo, representantes de termoelétrica do Mato Grosso, Replan, Recap, lideranças do Sindiminérios da Baixada Santista, Metalúrgicos de Santos e das Cerest de São Bernardo do Campo e Santo André. Os participantes da atividade receberam diplomas, que tem validade como curso de extensão.

O Sindipetro-LP saiu da atividade com a proposta de levar para a sede em Santos um fórum de discussões e aprendizagem, juntamente com vários órgãos públicos envolvidos no tema. Com isso os conhecimentos transmitidos no curso de análise de acidentes do trabalho serão disponibilizados aos cipeiros e demais trabalhadores interessados.

Após o curso, a diretoria do Sindipetro-LP pretende levar todas as questões levantadas nas atividades para serem discutidas com os trabalhadores, para gerar a indignação necessária para que as cobranças por segurança não partam apenas da empresa ao trabalhador, mas também pela via contrária, onde cada trabalhador, cipeiro ou não, questione as prioridades no trabalho, que deixam a segurança em segundo plano.