A greve de 24 horas do dia 24 de julho demonstrou que só a unidade de toda a categoria petroleira será capaz de fazer frente aos ataques sofridos pela Petrobrás. Para barrar o desinvestimento (privatização) e o PL de Serra, garantindo ainda um ACT digno, com a manutenção e avanço de direitos, é preciso avançar na consolidação e organização da necessária unidade dos petroleiros de todo o país.
Neste sentido, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) enviou carta (clique aqui e leia) aos 17 sindipetros, FUP, FENASPE, AEPET e demais organizações representativas da categoria chamando à unidade de todos os petroleiros. Para isso, a entidade defende três iniciativas: a formação de um comando nacional de greve; calendário unificado de mobilizações e mesa única de negociação. A sugestão da FNP é de que essa proposta seja discutida em uma Plenária Nacional no dia 29 de agosto.O Sindipetro-LP tem se posicionado abertamente a favor da unidade da categoria. No dia 20 de julho, quando a categoria deliberou pela greve em assembleia, também foi aprovado um chamado às entidades sindicais, associações de petroleiros e ao representante dos trabalhadores no Conselho de Administração (CA) da Companhia para que juntos formem um Comando Nacional de Mobilização. Em nossa opinião, é preciso reunir os 17 sindipetros do país, a Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET), Ambep, entre outras entidades, além de Deyvid Bacelar (do Conselho de Administração), em uma instância organizativa capaz de articular ações conjuntas da categoria.
Nesta semana, o Sindipetro-RN também lançou uma carta às entidades defendendo a unidade da categoria com a formação de um Comando Nacional Unificado em defesa da Petrobrás (leia aqui). Saudamos a iniciativa dos companheiros do Rio Grande do Norte e esperamos que essa iniciativa seja seguida pelas demais entidades. Aos trabalhadores de todo o país, pedimos que cobrem de suas direções que realizem um esforço efetivo por essa unidade.
"Não queremos mais a defesa da unidade apenas no discurso, é preciso demonstrar na prática que existe disposição. Por isso, estou ligando para os presidentes e coordenadores de todos os sindicatos com a finalidade de defender essa unidade. As divergências existem, mas não podem ser maiores do que a defesa da empresa, e defesa dos nossos empregos. Não se trata apenas de luta salarial ou por mais direitos, se trata da defesa do maior patrimônio do país. Se não houver Petrobrás, não haverá federações e nem sindicatos de petroleiros. A hora é agora", afirmou Adaedson Costa, coordenador geral do Sindipetro-LP e secretário-geral da FNP.