Em assembleia, Litoral Paulista articula ações para fortalecer a greve

ACT

Categoria define intensificar piquetes na segunda-feira (9), dia de negociação com a direção da Petrobrás. Se a companhia não atender reivindicações, petroleiros do Litoral Paulista propõem que os 17 sindicatos negociem diretamente com o Governo Federal

Petroleiros de Merluza e Mexilhão em terra, com as duas plataformas entregues à contingência; Tebar, em São Sebastião, operando com 20% da capacidade; escoamento de C5+ afetado na UTGCA, em Caraguatatuba; produção da RPBC, em Cubatão, despencando em 50% com unidades de destilação completamente paradas.

Com um cenário desses não poderíamos imaginar outro clima, senão de muita confiança e disposição de luta, na assembleia realizada na sede e sub-sede do Sindipetro-LP nesta sexta-feira (6).

Sem a necessidade de discutir sobre a continuidade da greve, uma unanimidade entre todos aqueles que construíram até aqui nove dias de greve, os debates se restringiram às formas de se fortalecer o movimento em nossa região. Um ponto central discutido foi aumentar ainda mais a participação dos petroleiros de base nas atividades organizadas pelo Sindicato nas portas das unidades.

Pra quem tem dúvida do clima de confiança, clica no vídeo abaixo. Inspirada em uma sátira do filme 300 que se espalhou via whats app pelos celulares dos trabalhadores (clique aqui para assistir), a categoria demonstrou de forma bem humorada que a união nunca esteve tão forte e que a luta só cresce.

Sindicato e petroleiros de base presentes na assembleia reivindicaram a criação dos grupos de apoio na assembleia anterior, de terça-feira (3). Isso porque, desde então, foi nítido o crescimento da greve. Piquetes muito maiores na RPBC, supervisores e coordenadores aderindo à greve no Tebar, constrangimento muito maior àqueles que ainda insistem em furar o movimento. Este é o balanço da participação maior da categoria na greve.

Por isso, um dos encaminhamentos aprovados pela categoria na assembleia foi intensificar a concentração de petroleiros e petroleiras na frente das unidades. Decisão que ganha importância, sobretudo, na próxima segunda-feira (9). Isso porque às 16 horas, no Rio de Janeiro, tem negociação entre Petrobrás e FNP. É muito importante que a empresa sente à mesa de negociação muito consciente do grau de organização e mobilização da categoria.

Vamos garantir que os sindicatos negociem com a categoria demonstrando o seu repúdio à retirada de direitos e à venda de ativos na porta das unidades!

Caso a negociação não avance, com a companhia persistindo em enrolar a categoria, outra proposta aprovada é de que o Sindipetro-LP proponha aos demais Sindipetros que as negociações passem a ser diretamente com o Governo Federal. Sendo ele o acionista majoritário, e a própria presidente Dilma se colocando a favor da venda de ativos nesta sexta-feira (6), sabemos muito bem que o atendimento de nossas reivindicações passa pela mesa da presidente.

Por fim, reafirmamos a importância da categoria se envolver diretamente em nossas ações. A greve está cada vez mais forte, afetando cada vez mais a companhia, mas precisamos demonstrar ainda mais união e solidariedade.

EM DEFESA DA PETROBRÁS, NENHUM DIREITO A MENOS!
A GREVE CONTINUA!